quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deixa a vida me levar...

Engraçado. Não é normal para mim ficar sem palavras. Mas não podia deixar de vir aqui compartilhar a notícia com vocês. Quando alguém cria um blog - pelo menos comigo foi assim - imagino que tenha as melhores intenções, se não a respeito do conteúdo, pelo menos quanto à alimentação do conteúdo. Ninguém cria um espaço com o intuito de deixá-lo abandonado.


Quando eu comecei o Todaletra, falei que não sabia ao certo o que faria depois de formada - mas minha formatura é daqui a dois meses. Nem sempre o destino é como a gente quer. Pode ser melhor, mas mesmo assim diferente. Minha idéia era fazer o Todaletra crescer, ficar forte no segmento dele e de alguma forma aumentar e incentivar a leitura. 


Esse blog ainda é um bebê, e como um, precisa de atenção e cuidado para que cresça forte e saudável. Não posso mais cuidar dele com tanto carinho quanto ele merece mas também não quero encaminhá-lo para adoção.

Tá, tá; Pausa para explicar o que está acontecendo: conseguí um emprego na minha área. Serei assessora de um vereador aqui em Curitiba e pretendo cumprir muito bem o meu papel. Não posso garantir que estarei sempre atualizando o blog, porque como disse o querido Ansilfar, a blogosfera não é a nossa vida. Um cargo importante merece a atenção devida. Minha carga horária será puxada, mas valerá a pena, será por uma boa causa.


Peço desculpas por não poder ser uma mãe presente pra esse blog, mas mesmo desnaturada, pretendo continuar por aqui.



Quanto aos 200 seguidores do twitter, está valendo. 200 seguidores, 1 livro que sortearei. Só não posso mais divulgar o blog. Mas estou viva e feliz. 


A todos vocês, meu muito obrigada!

sábado, 26 de setembro de 2009

A preguiça é um pecado capital?

Então. Por que eu sumi? Tenho uma prova de um concurso importante amanhã cedinho e não havia estudado nada. Que vergonha, para uma quase concurseira. A gripe A adiou o concurso e adiou junto minha vontade de estudar. E essa semana sumí porque fui estudar um pouco. Não acho que vá ajudar muito. E como parece que não vou passar no tal concurso, acabei me inscrevendo no Curso Abril de jornalismo - inscrições até 30 de setembro, corram!


Eu sei que nesse blog o assunto não sou eu, mas como vou continuar devendo o post sobre o livro O videogame do rei, para não deixar o espaço abandonado, compartilharei com vocês a redação que fiz para tentar entrar no curso da Abril. Vai que, né.


O tema da redação era Quem sou eu e porque escolhí ser jornalista.



"Eu sou Luciana Penante. Sou a garota que aprendeu a ser mulher com a mãe, lendo escondida as revistas NOVA dela, respondendo todos os testes elaborados para mulheres adultas, sonhando secretamente em um dia ser uma daquelas jornalistas glamorosas que assinavam matérias sobre assuntos tão interessantes e novos para alguém tão jovem.


Ainda sou a menina que aos seis anos pegava um gravador e saía perguntando às pessoas o que achavam da inflação - mesmo sem saber o que a tal palavra complicada significava. Sou a criança que guardou com carinho o elogio da professora à sua redação sobre a árvore, na segunda série do ensino fundamental. Desde esse dia acredito que o que escrevo é bom. Também sou a garota que passava o recreio na biblioteca lendo gibis ao invés de brincar de pique-pega. Nem por isso sou a chata careta. Sou mais a maluca beleza.


Hoje sou a mulher que não tem medo de mostrar para quê veio, que não tem vergonha de perguntar, de questionar quando não gosta de uma resposta, que não se contenta com pouco e quer sempre mais. Sou aquela que realmente vê desafios como forma de crescer e aprende com os obstáculos, pois sou aquela que foi mãe aos 18 anos. Sou a prova de que se alguém quer, pode ir além do que a sociedade espera ou a vida impõe. Sou a adolescente que aprendeu inglês em casa escutando música e jogando videogame. Sou a jovem velha da faculdade que só conseguiu viver o sonho universitário aos 23, mas acredita que tudo bem, porque a vida começa aos 40.


Acima de tudo, sou a multifuncional: filha, mãe, escritora, leitora, produtora, blogueira, twitteira, estudante, cinéfila e workaholic (fui saber o que era uma workaholic com 12 anos, graças à NOVA). E sou feliz assim, vivendo em companhia da cafeína.


Sendo eu essas todas, não poderia ser médica ou advogada. A não ser que quisesse ser infeliz. Não vou dizer que o jornalismo me escolheu, não gosto dessa frase. Posso dizer que eu o escolhi porque, do contrário, estaria fugindo de ser eu."

E aí, vocês me dariam uma chance na área editorial? O.o

Tenham um ótimo domingo! Eu estarei acordadinha 8h fazendo prova ¬¬

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ruy Castro - o leitor apaixonado

A conversa com Ruy Castro na Bienal de Curitiba foi muito agradável. Não publiquei antes porque estava esperando pra ver se chegava a foto que a Gabi Ruic tirou enquanto eu o entrevistava, pra postar junto, mas hoje a @pittyleone falou do Ruy e deu uma p... vontade de postar as melhores partes do Café Literário aqui. Lá vai então:

Ruy Castro é biógrafo, pra quem não sabe, e escreveu livros sobre Garrincha, Carmen Miranda e Nelson Rodrigues. E todas suas biografias são incríveis. Por que? Como ele consegue? São as perguntas que não querem calar. Ruy contou um pouco do seu processo de elaboração. Pelo jeito tem um passo a passo que tentarei montar aqui:


1) Certifique-se de que o seu biografado esteja morto. 
Estando morto, certifique-se de que o defunto esfriou. Não dá para escrever uma biografia de gente que está viva. Acontece o que aconteceu com a biografia do Roberto Carlos. Ou o biografado diz que dará liberdade total e em algum momento do livro quer que algo seja omitido. Se o biografado morreu há pouco, a família e os amigos só lembrarão dos bons momentos. Ou seja: biografado bom é biografado morto.


2) Biografia tem que ser "não autorizada".
Opinião do Ruy baseada nos mesmos motivos do tópico anterior, mais a imparcialidade.

3) Você vai ter muito trabalho.
Elaborar biografia é uma tarefa hercúlea. No caso do Ruy Castro, ele diz levar de dois a três meses só lendo e tomando nota de tudo que acha sobre o biografado da vez. Mas não é só ler. Ele passa 10, 20, 30 vezes pelo mesmo texto. Isso mesmo. Animador? Espera pelo próximo tópico.


4) Você vai ter muito trabalho meeesmo.
E também é preciso uma boa memória, uma vez que além da trajetória do seu personagem, é preciso descobrir dados como se ele tinha carro, se era casado, onde morava. Depois de tudo descoberto, isso tem que ficar guardado na cabeça do entrevistador (biógrafo), para cruzar com os dados que conseguirá em campo - nas entrevistas com amigos, parentes, etc. Sabe essas entrevistas? Podem ser até 80, 100 encontros com a mesma pessoa.

5) Além da boa memória é preciso paciência. 
Sabe essas fontes que o biógrafo vai entrevistar? Então. É preciso encontrá-las primeiro. Ruy Castro já levou até dois anos para achar uma fonte.


6) Nada de gravar as entrevistas.

Ruy Castro nem tem gravador. Isso faz com que as pessoas fiquem tímidas e não te contem tudo que sabem.


7) Nada de poupar o biografado.
Ele é humano, portanto tem defeitos. "Biografia é um exercício de amor, quero descobrir os podres, tragédias, dramas, porque isso enriquece o personagem". Palavra de Ruy Castro (amém).


Sobre as biografias que escreveu, Ruy falou que a biografia da Carmen Miranda, Carmen, foi a que mais gostou de fazer. Segundo ele, porque a história da pequena notável é permeada por tragédia, sucesso, dependência química, o Rio dos anos 20, Hollywood e NY dos anos 40... 


Quanto ao livro Chega de Saudade, que retrata a Bossa Nova, o escritor falou que o título é um desabafo, um acorda mesmo, tipo CHEGA de saudade pô, passou, não volta mais. CHEGA!


Falando nos títulos dos livros: Ruy sonhou com o título do livro que escreveu sobre Garrincha, Estrela Solitária. Quanto ao livro sobre Nelson Rodrigues, Ruy falou que nesse caso era o "óbvio ululante". Ele não achava um título para o livro e ele (O anjo pornográfico) estava lá o tempo todo, num desses textos em que ele passou os olhos 30 vezes, e é uma autodenominação do próprio Nelson numa entrevista concedida a uma revista.


Pra terminar, uma curiosidade: Ruy Castro é viciado em escrever. Em seus livros, escreve desde à orelha até a 4ª capa.


Dica de livro do Ruy para os leitores do TodaLetra: O lugar escuro - Heloisa Seixas, ed. Objetiva.

Ah, vem novidade por aí: Um novo livro do autor, com o título provável de Raios & Balas.

"O passado é bom porque éramos jovens nele" - Ruy Castro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem jogava RPG, levanta a mão! o/

Aventuras Fantásticas. Para você a expressão soa familiar? Se sim, você deve ter tido uma infância com gosto de quero mais, como foi a minha. Claro, jogar peteca, videogame, brincar de boneca, carrinho e pique esconde era legal, mas o que dizer de Aventuras Fantásticas? Era simplesmente demais!

Em um tempo sem computadores - não quero agir com saudosismo piegas aqui, longe de mim - não consigo imaginar diversão maior para crianças e adolescentes que livros onde elas pudessem interagir e dar asas à imaginação fazendo parte da história. Principalmente para pessoas que no século XXI estariam adultas (nós!). Aventuras Fantásticas era uma ótima pedida para formar leitores ávidos e fiéis.

Pois bem. Já deu pra perceber que eu lia Aventuras Fantásticas, não é? Deus abençoe Steve Jackson e  Ian Livingstone, os pais dessa série incrível. Esses livros-jogos (Fighting Fantasy no original) são RPG's (Role-Playing Games) para se aventurar sozinho. Para ler um livro desses, precisava de 2 dados, papel e lápis. Os livros eram diferentes, na maneira de se ler. Não dava para "começar do começo", dessa maneira o livro não fazia sentido.

Explico: Nessa aventuras-solo o leitor é um jogador. Ele é convidado a ser o herói da história, passando por diversas provações, lutas, armadilhas e vilões, buscando chegar o fim da história e achar a maneira de salvar um reino, ficar rico ou até mesmo salvar a galáxia. O livro vem com várias referências (normalmente 400). Aí você começa na primeira e conforme as decisões que toma, o livro vai te mandando ir para a próxima referência. Logo, você lê o livro de maneira "picada", pula do 1 para 207, depois para 330, por exemplo, e assim sucessivamente.

Entendeu por quê não dava pra ler tudo de uma vez? Tinha que achar o caminho certo, enfrentar os adversários certos e encontrar os ítens certos para encontrar o fim da história. É, era um barato! O meu livro preferido da coleção é O Feiticeiro da Montanha de Fogo. Nesse livro o leitor é convidado a se tornar um aventureiro dentro de uma montanha cheia de perigos e labirintos, para descobrir os segredos da montanha e derrotar o malvado "dono" da montanha. Prato cheio pra quem gostava de Caverna do Dragão.



Se você tem mais de 20 anos como eu, é provável que tenha jogado pelo menos um desses livros. Se não, e se ficou curioso, aqui vai a boa notícia: hoje já temos computadores. Tá, essa não é a boa notícia, mas ela vem graças a eles e à internet. Uma coleção que poderia ter caído no esquecimento num mundo com tanta tecnologia, não foi abandonada por ter tantos fãs. A editora Jambô está reeditando essas preciosidades uma a uma, com visual século XXI e mesmo esquema de jogo. Posso dizer que vale muito a pena!

Eu, que amava, continuo jogando, só que agora com meu filho. Eu leio pra ele e ele é vidrado nas histórias, passou a ser um ótimo passatempo em família. Nem precisa dizer que me divirto tanto quanto ele, não é? Talvez até mais!

Se ficou interessado, tem esse link que é um blog muito bacana só sobre as Aventuras Fantásticas onde tem muitas informações sobre a série, todos os livros, sinopses, curiosidades...


As edições 2.0 modernosas podem ser vistas no site da editora Jambô. Aqui o link da aventura A Cidadela do Caos.



Peguem seus dados e preparem-se para a aventura começar! :D

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma noite de princesa



E gente, qual foi a minha surpresa ontem na Livrarias Curitiba, assim que entrei, com uma hora e meia de antecedência, para a noite de autógrafos com a escritora Meg Cabot - autora das séries Diário da Princesa, A Mediadora, entre outros bestsellers - e dei de cara com o jardim de infância. Ou quase.

Muitas meninas, mas muitas mesmo, esperavam pela oportunidade de pegar um autógrafo, falar, tocar ou ao menos tirar uma foto com a autora. Me sentí um pouco envergonhada no meio da criançada, mas a vergonha logo passou, pois chegaram duas mulheres chiquérrimas vestindo Prada com livros da Meg em inglês. Ufa, não sou só eu. Aliás, vocês também gostam né?

E o que tem demais, também, gostar de uma escritora que escreve livros para adolescentes? Ela escreve para adultos também, ou "adulteens", como a própria autora e, confesso, como eu.

Meg Cabot chegou 19h30, pontualmente, muito simpática com as fãs. Posou para fotos e logo começou o bate-papo. Ponto para a livraria, que organizou todo o evento muito bem, pegando as perguntas antecipadamente, por escrito, para evitar aquela enrolação de passa-microfone, no estilo Serginho Groismann.

Curiosos(as) para saber quais as perguntas? Pois a blogueira que vos escreve lhes matará a curiosidade! Para todos que não puderam estar lá ontem, ou nas demais noites de autógrafo que Meg fez/fará, aqui vão as coisas mais legais que ela falou durante o bate-papo:

(Vou colocar as perguntas das fãs e as respostas da Meg, ok?)

_ Quem é o Benjamin para quem você dedica seus livros?
Meg: Benjamin é o meu marido. Eu dedico meus livros para ele porque é graças a ele que meus livros existem. Porque enquanto eu escrevo e viajo ele cuida da casa e cozinha!

_ Quais dos seus pseudônimos você prefere?
Meg: Prefiro ser a Meg Cabot. Agora, aquela Patrícia Cabot escreve livros muito sujos, vocês não deveriam lê-los!

_ Você já foi rejeitada numa editora?
Meg: Fui rejeitada por muitos anos, tenho um saco em casa do tamanho desta mesa cheio de cartas de rejeição. O importante é nunca desistir.

_Você escrevia diários na adolescência?
Meg: Sim! Meus livros são os meus diários. As partes com os meninos são todas verdade! E minha mãe namorou com um professor meu, era nojento... E Lily é baseada na minha melhor amiga. Mas ela não sabe.Toda vez que eu escrevo um livro novo da série Princesa eu dou um pra ela e depois pergunto o que achou. Ela sempre adora, mas daí fala: "Eu só não gosto daquela tal de Lily, qual o problema dela?".

_ Mas se as coisas que você escreve são autobiográficas, você vê fantasmas, como a Suze da série Mediadora?
Meg: Não, mas resolví escrever essa série após a morte de meu pai. Era como se eu visse ele em todos os lugares. Daí surgiu a idéia do livro. Meu irmão falou: "Por que você não escreve um livro sobre isso?" e então eu fui e escreví seis.

_ A Mediadora vai se tornar filme, como O Diário da Princesa?
Meg: Sim, já existe um script e um roteiro. Mas ainda estamos escolhendo os atores. Não, não posso falar quem são. Mas o Jesse tem que ser muito sexy.

_ Na série Mediadora você fala sobre macumba. Com quem você aprendeu macumba?
Meg: Com uma amiga brasileira. Ela me levou numa sessão de macumba e aprendí muita coisa então cuidado! E se precisarem fazer um despacho, podem falar comigo!

_Você escreve desde criança?
Meg: Sim. Eu escrevia as histórias que eu gostaria de ouvir e que não existiam. Eu queria histórias de mulheres corajosas, que vão atrás do que querem, aí como não tinha, eu inventava. Eu escrevia desde os sete anos, tenho tudo guardado até hoje. Não, vocês não gostariam de ler, eram livros como "Benny, o cachorrinho". E era muito triste, a família toda do Benny morria (risos).

_ Você era uma adolescente popular?
Meg: Não! Eu era muito impopular. As meninas populares eram muito más comigo. E hoje em dia, todas as meninas más são super boazinhas comigo no facebook!

_ Você era boa na escola?
Meg: Não! Eu ia mal nos testes! E continuo indo muito mal até hoje... Eu não dirijo! Porque não consigo passar no teste de direção! hahaha

_ Você teve muitos namorados?
Meg: Tive. Mas não os caras certos. Aos 16 anos conhecí meu marido e o detestei. Só dez anos depois é que nos reencontramos e eu fui ficar com ele. Mas o lado bom de você conhecer vários meninos é que depois você pode usá-los como personagens nos seus livros!

_ Qual o presente mais estranho que vcê já recebeu de um fã?
Meg: Uma estátua em tamanho real do Fat Louie. Aquilo realmente me deu muito trabalho para levar no avião...

_ Como foi morar na França?
Meg: Eu morei na França quando tinha sete anos. Foi complicado porque meus pais não sabiam falar francês, e eu tive que aprender em duas semanas para falar por eles! Então meu pai na época se feriu, pisando num pedaço de vidro. Fomos para o hospital e dissemos que ele havia pisado num pedaço de "glass" (vidro, em inglês). Só que em francês glass quer dizer sorvete. Sinto vergonha até hoje por isso...

_ Qual livro foi mais difícil de escrever?
Meg: O livro que você está terminando de escrever é sempre o mais difícil. Você tem uma idéia nova e tem vontade de deixar o livro de lado porque a outra idéia parece muito melhor. Mas meu marido sempre diz que eu vou conseguir sim, que conseguí terminar de escrever os outros, apesar de também reclamar que eles não iriam acabar nunca.

_ Pra qual público você escreve?
Meg: Os livros são para todos. Para todas as idades, são coisas que acontecem com todas as mulheres relatadas alí. Desde meninas até mulheres mais velhas. Todas nos sentimos como as personagens descritas alí às vezes...

_ A série A Mediadora vai ter mais um livro?
Meg: Sim. Deve ter um como um fechamento, um apanhado.

_ Você escuta música enquanto escreve? E que músicas e bandas você gosta?
Meg: Sim, escrevo escutando música bem alta. Gosto de pop music. Adoro Pussycat Dolls, Rihanna, Lady GaGa.

_ Como sua gata Henrietta perdeu um olho?
Meg: Não sei. Ela já veio com um olho só. Era uma gata de rua.

_ Você gosta da Clarice Lispector? O que gosta nos livros dela?
Meg: Ela retrata muito bem como é ser mulher e os problemas de ser mulher. E é detalhista sobre o universo feminino, escrevendo por exemplo sobre o incômodo de andar com um sapato que faz muito barulho com o salto.

***

Resumindo, esses foram os pontos mais interessantes do bate-papo e a Meg Cabot é uma fofa. Eu? Conseguí a senha 276 das 300 que tinha e esperei, lógico, pra pegar meu autógrafo e conversar com ela. Posso dizer que valeu a pena. Apesar de cansada ela foi muito solícita e gentil.

Quando eu cheguei com meus livros na fila ganhei uma coroa de princesa igual a da Meg! Love it! Daí quando ela foi me dar os autógrafos, eu falei:
_Você deve estar tão cansada!
E ela disse que sim. Daí perguntou se meu nome era "Lutiana" (estava no post it) e eu disse que sim. Daí falei pra ela:
_Tenho um blog no qual escrevo sobre livros. Vou contar para minhas leitoras que você gosta de Lady GaGa, elas vão amar saber disso!
E então ela morreu de rir, e disse que realmente a ama. E para minha surpresa se empolgou na conversa comigo! Eu nem me continha de tão feliz, lógico! Ela me perguntou se eu tinha visto a Lady GaGa no VMA e se tinha sido bacana. Eu disse que si,m que ví e contei como foi. Então eu perguntei porquê ela não assistiu. Daí ela disse que estava numa noite de autógrafos. Coitada. Depois ela mandou um beijo para vocês, leitores/as! Mesmo! E tiramos a foto tremida que está aqui. Na despedida, enquanto dávamos beijinhos no rosto (eu ganhei beijo no rosto da Meg Cabot, morri!) ela sussurou: _Ah! Eu AMEI seu casaco!

Gente, pára tudo, a Meg Cabot elogiou minha roupa! Eu quase infartei, rs...

E daí lógico, foi a deixa pra mim: "E eu adorei seus sapatos!" =D
(os sapatos dela eram autênticos Christian Louboutin! - Um par desses custa uns 20 casacos meus - da Renner, mesmo)

Sério, a noite foi ótima. E vocês? Conheceram/vão conhecer a Meg?
Gostaram do post? E das mudanças do blog?

Beijoooos!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Séries, desenhos, patavinas... "e a filosofia"

Há muitos anos atrás, no túnel do tempo, comprei um livro chamado "Os Simpsons e a Filosofia". Desde então ele está lá na minha estante, empoeirado, o coitado. Sem ter mais que alguns capítulos lidos.

Não, não é que eu não goste de Simpsons, muito pelo contrário. Também não é que eu não goste de filosofia, devorei O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, praticamente em um fim de semana.

O problema é que esse filão que acharam me incomoda um pouco, acho. Mesmo adorando Simpsons e simpatizando com filosofia, não conseguí avançar no livro e o achei muito, muito chato mesmo. No entanto está lá guardado pra caso um dia eu esteja sem nada pra fazer... Vai que, né.

Mas isso tudo - viva o blog, onde não existe a pirâmide invertida e a hierarquização dos fatos por importância! - é pra contar pra vocês que a editora BestSeller está lançando o livro (adivinha?!) A filosofia de Lost.

O livro foi escrito pelo professor da Universidade Católica de Milão Simone Regazzoni. Na obra, ele analisa os simbolismos, personagens e questões abordadas na série. O que Kant, Foucault e Platão diriam se pudessem assistir a Lost?

Bem, eles eu não sei, mas eu que estou viva no século XXI não assisto... Podem me xingar. Minha vida corrida não permite, embora a ilha de Lost me pareça muito legal e tal... Não para morar, logicamente... Então. O ponto é que pelo que sei de Lost, acredito que há muito mais pontos existenciais e filosóficos do que os Simpsons, que é mais crítico à sociedade atual...

Pra quem se interessa por Lost e/ou por filosofia:
O livro custa R$24,90 (preço justo, né?), tem 160 páginas e chega às livrarias essa semana.

E aí, se interessaram?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cristovão Tezza e seus milhares de prêmios


Sim, o Tezza ganhou mais um. Dessa vez, foi o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon. O sexto de O Filho Eterno. Parabéns a ele!


Eu estava com muita vontade de ler esse livro, finalmente o ganhei essa semana. E ocorreu um fato curioso. Fui para a aula com o livro na mão e um amigo viu. Então ele veio e falou: _Credo, que horror, você está lendo o Tezza.

Fiquei intrigada e perguntei por quê, ao que o amigo disse que não gostava dele, apenas. Sem entender nada, fui para o Café Literário - com o Tezza - na Bienal. Um tanto receosa, pensando que o escritor podia ser meio grosso.

E então Tezza chegou para o Café. Uma pessoa simpática e disposta. Adorei a conversa. Pensa naquela pessoa que dá uma gargalhada gostosa a quase todo fim de frase. E aproveito para publicar os trechos mais interessantes da conversa aqui:

Tezza disse que é um mistério porque um livro faz sucesso ou não. Ele mesmo já havia escrito outros livros e só em 2007 que foi devidamente reconhecido. Seu livro Breve espaço entre cor e sombra, segundo ele, vendeu menos de mil exemplares.

Como ao conversar com o autor ultimamente não dá pra fugir do assunto do livro premiado, ele falou sobre a síndrome de down, assunto abordado na obra. Tezza disse que seria covardia não escrever sobre isso. E que era para ser um ensaio, mas só quando ele passou em narrar a história, só quando criou um personagem, é que se sentiu livre pra escrever.

Tezza disse ainda que muitos dos fatos que acontecem com o pai do Felipe no livro não aconteceram com ele, são ficcionais. O romance é autobiográfico em alguns pontos, mas não todos. Tezza quis fazer do retrospecto da vida desse personagem o retrato de uma geração, que também foi a geração que ele viveu.

Uma curiosidade: o escritor recusou o convite pra Bienal do Rio pra vir à curitibana. Porque não pecisava viajar...

Cristóvão Tezza agora terá uma coluna na Folha Ilustrada de 15 em 15 dias onde vai falar de literatura internacional.

Quanto ao meu amigo, quando no dia seguinte eu o encontrei novamente e lhe contei sobre o Café Literário do dia anterior e disse que o Tezza foi muito bacana, meu amigo disse que na verdade o que ele tinha era inveja do Tezza. Recalque.

Compreensível.

Ao amigo, que não vou revelar o nome: TE ADORO ****. Você também escreve bem... Só faltam os prêmios!

Dica de leitura do Tezza pro Todaletra: Desonra - J.M. Coetzee.
É um autor sul-africano.

Ah, e um beijo especial para as colegas jornalistas da RECORD, com os meus parabéns pelo sucesso do Filho Eterno... (Adriana, Carol, Gabriela e Rita)

Fui!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu não me esquecí de vocês

Estou sem tempo de publicar textos decentes no blog e prefiro deixar uns dias sem postar que colocar qualquer besteira, ok?

Vocês podem acompanhar o @todaletra no twitter, onde estou postando novidades e programação da Bienal de Curitiba. Ela termina dia 04 de setembro e então poderei contar com calma tudo que rolou.
Pra vocês não dizerem que sou má, vou deixar uma dica de leitura com gostinho de quero mais:
Cidades invisíveis - Ítalo Calvino.
Indicado para vocês, leitores do blog, por ninguém menos que Arnaldo Bloch.
Eu vou, mas eu volto.
Com outros mimos.