sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cristovão Tezza e seus milhares de prêmios


Sim, o Tezza ganhou mais um. Dessa vez, foi o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon. O sexto de O Filho Eterno. Parabéns a ele!


Eu estava com muita vontade de ler esse livro, finalmente o ganhei essa semana. E ocorreu um fato curioso. Fui para a aula com o livro na mão e um amigo viu. Então ele veio e falou: _Credo, que horror, você está lendo o Tezza.

Fiquei intrigada e perguntei por quê, ao que o amigo disse que não gostava dele, apenas. Sem entender nada, fui para o Café Literário - com o Tezza - na Bienal. Um tanto receosa, pensando que o escritor podia ser meio grosso.

E então Tezza chegou para o Café. Uma pessoa simpática e disposta. Adorei a conversa. Pensa naquela pessoa que dá uma gargalhada gostosa a quase todo fim de frase. E aproveito para publicar os trechos mais interessantes da conversa aqui:

Tezza disse que é um mistério porque um livro faz sucesso ou não. Ele mesmo já havia escrito outros livros e só em 2007 que foi devidamente reconhecido. Seu livro Breve espaço entre cor e sombra, segundo ele, vendeu menos de mil exemplares.

Como ao conversar com o autor ultimamente não dá pra fugir do assunto do livro premiado, ele falou sobre a síndrome de down, assunto abordado na obra. Tezza disse que seria covardia não escrever sobre isso. E que era para ser um ensaio, mas só quando ele passou em narrar a história, só quando criou um personagem, é que se sentiu livre pra escrever.

Tezza disse ainda que muitos dos fatos que acontecem com o pai do Felipe no livro não aconteceram com ele, são ficcionais. O romance é autobiográfico em alguns pontos, mas não todos. Tezza quis fazer do retrospecto da vida desse personagem o retrato de uma geração, que também foi a geração que ele viveu.

Uma curiosidade: o escritor recusou o convite pra Bienal do Rio pra vir à curitibana. Porque não pecisava viajar...

Cristóvão Tezza agora terá uma coluna na Folha Ilustrada de 15 em 15 dias onde vai falar de literatura internacional.

Quanto ao meu amigo, quando no dia seguinte eu o encontrei novamente e lhe contei sobre o Café Literário do dia anterior e disse que o Tezza foi muito bacana, meu amigo disse que na verdade o que ele tinha era inveja do Tezza. Recalque.

Compreensível.

Ao amigo, que não vou revelar o nome: TE ADORO ****. Você também escreve bem... Só faltam os prêmios!

Dica de leitura do Tezza pro Todaletra: Desonra - J.M. Coetzee.
É um autor sul-africano.

Ah, e um beijo especial para as colegas jornalistas da RECORD, com os meus parabéns pelo sucesso do Filho Eterno... (Adriana, Carol, Gabriela e Rita)

Fui!

4 comentários:

  1. Ah, a imagem do livro é da divulgação da editora Record.

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  2. Tezza é super gente fina, e um cara divertido mesmo. Na faculdade, mandei um email para ele com algumas perguntas para um trabalho, e ele deu as respostas com bastante dedicação.

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  3. Bom, confesso que antes de ler o livro, não era lá a maior fã do rapaz, mas depois de ler, admiro, e muito, o trabalho dele. Parabéns pelo blog guria! Tá super bacana!
    Beijo!

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  4. Lu,

    Desonra é meu livro favorito, de todos os tempos! Vale a pena demais! De verdade!
    =D

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