quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Onze Minutos

Onze minutos para mim têm sido o que sobra de tempo no dia, com tanto trabalho.
Mas os onze minutos do livro de Paulo Coelho, são outros.

Tá. Eu sempre tive preconceito com o Paulo Coelho, porque não conhecia. E não sei nada de Brida, Diário de um mago e outros tantos. Mas uma amiga me indicou e me emprestou Onze Minutos. Como o assunto me interessou o querido livro acabou furando a fila e o lí essa semana.

Onze Minutos é lindo, a história de uma prostituta que vai trabalhar na Europa. Lá ela aprende como é a vida real, bem diferente que a vida anterior que levava no interior do nordeste, quando era uma menina bonita e ingênua.

Maria é realmente uma personagem cativante, inteligente, que entende seu caminho com auto-análise. Seus sonhos se misturam à realidade em que vive, mas sem nunca se sentir culpada por ter escolhido ser prostituta. Escolheu vender o corpo. Odiava o trabalho mas queria o dinheiro.

Não vou contar mais para não estragar a história, mas é um livro que merece ser passado na frente na sua fila de leitura...

Ah, a Maria é baseada numa prostituta real que relatou sua história ao autor...

Bjo gente!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Melancia que cabe no bolso?!

Não, não estou falando dessa aqui:


















A Melancia do post é essa:

Pra quem curte Marian Keyes como eu, mas não tem cinquentão pra investir em cada livro dela, fica a dica: Saiu Melancia pocket book, pela BestBolso... Só 19,90!!!


Vale muito a pena! Fora as letras num tamanho menor - se assemelham ao tamanho de fonte 10 no Word, é perfeito!


Não se assustem com o tamanho da letra, é algo que dá pra ler normal, ainda mais com uma história tão maravilhosa como essa...

Ah, o texto já vem de acordo com a nova ortografia...



Só posso agradecer pela baixa no preço.
Já tenho o meu, e vocês?


Bacios!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tô viva! - Garoto encontra garota e Moacyr Scliar

Oi, pessoal!
Então, a blogueira que vos fala ainda respira.


Estou trabalhando bastante, mas quando é por uma boa causa ficamos felizes.
Embora eu não possa estar sempre postando aqui as novidades que antes eu queria tanto, não me afastei da literatura. Espero que vocês também não. Só estou demorando muito mais para conseguir terminar de ler os livros que começo.


Só para curiosidade: estou lendo agora "Garoto encontra garota", aquele que a Meg Cabot autografou pra mim alguns posts atrás. Uma graça. Hiper leve, ótimo pra desanuviar a cabeça depois dos dias de trabalho pesado. O legal desse livro é que ele não é escrito de maneira comum. É todo feito em forma de e-mails, memorandos, cartas, recados em secretrárias eletrônicas e diário. Bem bacaninha mesmo.


Quanto ao trabalho: o vereador para o qual estou trabalhando - que aliás, viu o blog e adorou - é o Prof. Galdino. Sim, aquele da bicicleta. Um ponto legal de trabalhar com ele é que ele é engajado na cultura, entre tantas outras coisas, então às vezes temos eventos a visitar que encaixam com o blog. Esse mês fomos à abertura da Feira de Livros SESC-PR 2009.


A feira já terminou, mas posso contar pra vocês como foi a palestra bacana que eu ví do Moacyr Scliar! O tema era Literatura & Jornalismo. Mais dentro da casinha pra mim impossível né?!


Então, Sclyar falou sobre o início do jornalismo - até aí, boa parte do que ele disse eu já sabia, porque precisei estudar tudo isso quando fui fazer a prova pra infografista no Senado (olha que engraçado, não passei no concurso, mas acabei na política!) - depois deu algumas definições engraçadinhas de jornalismo, as quais consegui anotar duas pra vocês:

"Jornalismo é dizer que morreu Lord Jones para as pessoas que nem sabiam que Lord Jones existia".


"Jornalismo é literatura com pressa".


Algo bacana que o Scliar falou sobre o tema é os autores que escreviam para jornais: Machado de Assis, José de Alencar, Fernando Sabino e o Rubem Braga. Confesso que choquei!


O escritor falou também sobre os livros que foram inspirados em histórias reais, como À Sangue Frio, de Truman Capote, que aliás, recomendo. É aí que a literatura e o jornalismo se encontram. E se você se pergunta "por que Moacyr Scliar para falar sobre isso?", a resposta é que ele tem uma coluna de contos na Folha de S. Paulo que voces devem até conhecer. Nela, Sclyar escreve histórias baseadas numa notícia do jornal.


Então é isso, muita luz pra vocês e um dia eu volto, rs...


Ah, olha "A Leitora" poser:

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Deixa a vida me levar...

Engraçado. Não é normal para mim ficar sem palavras. Mas não podia deixar de vir aqui compartilhar a notícia com vocês. Quando alguém cria um blog - pelo menos comigo foi assim - imagino que tenha as melhores intenções, se não a respeito do conteúdo, pelo menos quanto à alimentação do conteúdo. Ninguém cria um espaço com o intuito de deixá-lo abandonado.


Quando eu comecei o Todaletra, falei que não sabia ao certo o que faria depois de formada - mas minha formatura é daqui a dois meses. Nem sempre o destino é como a gente quer. Pode ser melhor, mas mesmo assim diferente. Minha idéia era fazer o Todaletra crescer, ficar forte no segmento dele e de alguma forma aumentar e incentivar a leitura. 


Esse blog ainda é um bebê, e como um, precisa de atenção e cuidado para que cresça forte e saudável. Não posso mais cuidar dele com tanto carinho quanto ele merece mas também não quero encaminhá-lo para adoção.

Tá, tá; Pausa para explicar o que está acontecendo: conseguí um emprego na minha área. Serei assessora de um vereador aqui em Curitiba e pretendo cumprir muito bem o meu papel. Não posso garantir que estarei sempre atualizando o blog, porque como disse o querido Ansilfar, a blogosfera não é a nossa vida. Um cargo importante merece a atenção devida. Minha carga horária será puxada, mas valerá a pena, será por uma boa causa.


Peço desculpas por não poder ser uma mãe presente pra esse blog, mas mesmo desnaturada, pretendo continuar por aqui.



Quanto aos 200 seguidores do twitter, está valendo. 200 seguidores, 1 livro que sortearei. Só não posso mais divulgar o blog. Mas estou viva e feliz. 


A todos vocês, meu muito obrigada!

sábado, 26 de setembro de 2009

A preguiça é um pecado capital?

Então. Por que eu sumi? Tenho uma prova de um concurso importante amanhã cedinho e não havia estudado nada. Que vergonha, para uma quase concurseira. A gripe A adiou o concurso e adiou junto minha vontade de estudar. E essa semana sumí porque fui estudar um pouco. Não acho que vá ajudar muito. E como parece que não vou passar no tal concurso, acabei me inscrevendo no Curso Abril de jornalismo - inscrições até 30 de setembro, corram!


Eu sei que nesse blog o assunto não sou eu, mas como vou continuar devendo o post sobre o livro O videogame do rei, para não deixar o espaço abandonado, compartilharei com vocês a redação que fiz para tentar entrar no curso da Abril. Vai que, né.


O tema da redação era Quem sou eu e porque escolhí ser jornalista.



"Eu sou Luciana Penante. Sou a garota que aprendeu a ser mulher com a mãe, lendo escondida as revistas NOVA dela, respondendo todos os testes elaborados para mulheres adultas, sonhando secretamente em um dia ser uma daquelas jornalistas glamorosas que assinavam matérias sobre assuntos tão interessantes e novos para alguém tão jovem.


Ainda sou a menina que aos seis anos pegava um gravador e saía perguntando às pessoas o que achavam da inflação - mesmo sem saber o que a tal palavra complicada significava. Sou a criança que guardou com carinho o elogio da professora à sua redação sobre a árvore, na segunda série do ensino fundamental. Desde esse dia acredito que o que escrevo é bom. Também sou a garota que passava o recreio na biblioteca lendo gibis ao invés de brincar de pique-pega. Nem por isso sou a chata careta. Sou mais a maluca beleza.


Hoje sou a mulher que não tem medo de mostrar para quê veio, que não tem vergonha de perguntar, de questionar quando não gosta de uma resposta, que não se contenta com pouco e quer sempre mais. Sou aquela que realmente vê desafios como forma de crescer e aprende com os obstáculos, pois sou aquela que foi mãe aos 18 anos. Sou a prova de que se alguém quer, pode ir além do que a sociedade espera ou a vida impõe. Sou a adolescente que aprendeu inglês em casa escutando música e jogando videogame. Sou a jovem velha da faculdade que só conseguiu viver o sonho universitário aos 23, mas acredita que tudo bem, porque a vida começa aos 40.


Acima de tudo, sou a multifuncional: filha, mãe, escritora, leitora, produtora, blogueira, twitteira, estudante, cinéfila e workaholic (fui saber o que era uma workaholic com 12 anos, graças à NOVA). E sou feliz assim, vivendo em companhia da cafeína.


Sendo eu essas todas, não poderia ser médica ou advogada. A não ser que quisesse ser infeliz. Não vou dizer que o jornalismo me escolheu, não gosto dessa frase. Posso dizer que eu o escolhi porque, do contrário, estaria fugindo de ser eu."

E aí, vocês me dariam uma chance na área editorial? O.o

Tenham um ótimo domingo! Eu estarei acordadinha 8h fazendo prova ¬¬

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ruy Castro - o leitor apaixonado

A conversa com Ruy Castro na Bienal de Curitiba foi muito agradável. Não publiquei antes porque estava esperando pra ver se chegava a foto que a Gabi Ruic tirou enquanto eu o entrevistava, pra postar junto, mas hoje a @pittyleone falou do Ruy e deu uma p... vontade de postar as melhores partes do Café Literário aqui. Lá vai então:

Ruy Castro é biógrafo, pra quem não sabe, e escreveu livros sobre Garrincha, Carmen Miranda e Nelson Rodrigues. E todas suas biografias são incríveis. Por que? Como ele consegue? São as perguntas que não querem calar. Ruy contou um pouco do seu processo de elaboração. Pelo jeito tem um passo a passo que tentarei montar aqui:


1) Certifique-se de que o seu biografado esteja morto. 
Estando morto, certifique-se de que o defunto esfriou. Não dá para escrever uma biografia de gente que está viva. Acontece o que aconteceu com a biografia do Roberto Carlos. Ou o biografado diz que dará liberdade total e em algum momento do livro quer que algo seja omitido. Se o biografado morreu há pouco, a família e os amigos só lembrarão dos bons momentos. Ou seja: biografado bom é biografado morto.


2) Biografia tem que ser "não autorizada".
Opinião do Ruy baseada nos mesmos motivos do tópico anterior, mais a imparcialidade.

3) Você vai ter muito trabalho.
Elaborar biografia é uma tarefa hercúlea. No caso do Ruy Castro, ele diz levar de dois a três meses só lendo e tomando nota de tudo que acha sobre o biografado da vez. Mas não é só ler. Ele passa 10, 20, 30 vezes pelo mesmo texto. Isso mesmo. Animador? Espera pelo próximo tópico.


4) Você vai ter muito trabalho meeesmo.
E também é preciso uma boa memória, uma vez que além da trajetória do seu personagem, é preciso descobrir dados como se ele tinha carro, se era casado, onde morava. Depois de tudo descoberto, isso tem que ficar guardado na cabeça do entrevistador (biógrafo), para cruzar com os dados que conseguirá em campo - nas entrevistas com amigos, parentes, etc. Sabe essas entrevistas? Podem ser até 80, 100 encontros com a mesma pessoa.

5) Além da boa memória é preciso paciência. 
Sabe essas fontes que o biógrafo vai entrevistar? Então. É preciso encontrá-las primeiro. Ruy Castro já levou até dois anos para achar uma fonte.


6) Nada de gravar as entrevistas.

Ruy Castro nem tem gravador. Isso faz com que as pessoas fiquem tímidas e não te contem tudo que sabem.


7) Nada de poupar o biografado.
Ele é humano, portanto tem defeitos. "Biografia é um exercício de amor, quero descobrir os podres, tragédias, dramas, porque isso enriquece o personagem". Palavra de Ruy Castro (amém).


Sobre as biografias que escreveu, Ruy falou que a biografia da Carmen Miranda, Carmen, foi a que mais gostou de fazer. Segundo ele, porque a história da pequena notável é permeada por tragédia, sucesso, dependência química, o Rio dos anos 20, Hollywood e NY dos anos 40... 


Quanto ao livro Chega de Saudade, que retrata a Bossa Nova, o escritor falou que o título é um desabafo, um acorda mesmo, tipo CHEGA de saudade pô, passou, não volta mais. CHEGA!


Falando nos títulos dos livros: Ruy sonhou com o título do livro que escreveu sobre Garrincha, Estrela Solitária. Quanto ao livro sobre Nelson Rodrigues, Ruy falou que nesse caso era o "óbvio ululante". Ele não achava um título para o livro e ele (O anjo pornográfico) estava lá o tempo todo, num desses textos em que ele passou os olhos 30 vezes, e é uma autodenominação do próprio Nelson numa entrevista concedida a uma revista.


Pra terminar, uma curiosidade: Ruy Castro é viciado em escrever. Em seus livros, escreve desde à orelha até a 4ª capa.


Dica de livro do Ruy para os leitores do TodaLetra: O lugar escuro - Heloisa Seixas, ed. Objetiva.

Ah, vem novidade por aí: Um novo livro do autor, com o título provável de Raios & Balas.

"O passado é bom porque éramos jovens nele" - Ruy Castro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem jogava RPG, levanta a mão! o/

Aventuras Fantásticas. Para você a expressão soa familiar? Se sim, você deve ter tido uma infância com gosto de quero mais, como foi a minha. Claro, jogar peteca, videogame, brincar de boneca, carrinho e pique esconde era legal, mas o que dizer de Aventuras Fantásticas? Era simplesmente demais!

Em um tempo sem computadores - não quero agir com saudosismo piegas aqui, longe de mim - não consigo imaginar diversão maior para crianças e adolescentes que livros onde elas pudessem interagir e dar asas à imaginação fazendo parte da história. Principalmente para pessoas que no século XXI estariam adultas (nós!). Aventuras Fantásticas era uma ótima pedida para formar leitores ávidos e fiéis.

Pois bem. Já deu pra perceber que eu lia Aventuras Fantásticas, não é? Deus abençoe Steve Jackson e  Ian Livingstone, os pais dessa série incrível. Esses livros-jogos (Fighting Fantasy no original) são RPG's (Role-Playing Games) para se aventurar sozinho. Para ler um livro desses, precisava de 2 dados, papel e lápis. Os livros eram diferentes, na maneira de se ler. Não dava para "começar do começo", dessa maneira o livro não fazia sentido.

Explico: Nessa aventuras-solo o leitor é um jogador. Ele é convidado a ser o herói da história, passando por diversas provações, lutas, armadilhas e vilões, buscando chegar o fim da história e achar a maneira de salvar um reino, ficar rico ou até mesmo salvar a galáxia. O livro vem com várias referências (normalmente 400). Aí você começa na primeira e conforme as decisões que toma, o livro vai te mandando ir para a próxima referência. Logo, você lê o livro de maneira "picada", pula do 1 para 207, depois para 330, por exemplo, e assim sucessivamente.

Entendeu por quê não dava pra ler tudo de uma vez? Tinha que achar o caminho certo, enfrentar os adversários certos e encontrar os ítens certos para encontrar o fim da história. É, era um barato! O meu livro preferido da coleção é O Feiticeiro da Montanha de Fogo. Nesse livro o leitor é convidado a se tornar um aventureiro dentro de uma montanha cheia de perigos e labirintos, para descobrir os segredos da montanha e derrotar o malvado "dono" da montanha. Prato cheio pra quem gostava de Caverna do Dragão.



Se você tem mais de 20 anos como eu, é provável que tenha jogado pelo menos um desses livros. Se não, e se ficou curioso, aqui vai a boa notícia: hoje já temos computadores. Tá, essa não é a boa notícia, mas ela vem graças a eles e à internet. Uma coleção que poderia ter caído no esquecimento num mundo com tanta tecnologia, não foi abandonada por ter tantos fãs. A editora Jambô está reeditando essas preciosidades uma a uma, com visual século XXI e mesmo esquema de jogo. Posso dizer que vale muito a pena!

Eu, que amava, continuo jogando, só que agora com meu filho. Eu leio pra ele e ele é vidrado nas histórias, passou a ser um ótimo passatempo em família. Nem precisa dizer que me divirto tanto quanto ele, não é? Talvez até mais!

Se ficou interessado, tem esse link que é um blog muito bacana só sobre as Aventuras Fantásticas onde tem muitas informações sobre a série, todos os livros, sinopses, curiosidades...


As edições 2.0 modernosas podem ser vistas no site da editora Jambô. Aqui o link da aventura A Cidadela do Caos.



Peguem seus dados e preparem-se para a aventura começar! :D

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma noite de princesa



E gente, qual foi a minha surpresa ontem na Livrarias Curitiba, assim que entrei, com uma hora e meia de antecedência, para a noite de autógrafos com a escritora Meg Cabot - autora das séries Diário da Princesa, A Mediadora, entre outros bestsellers - e dei de cara com o jardim de infância. Ou quase.

Muitas meninas, mas muitas mesmo, esperavam pela oportunidade de pegar um autógrafo, falar, tocar ou ao menos tirar uma foto com a autora. Me sentí um pouco envergonhada no meio da criançada, mas a vergonha logo passou, pois chegaram duas mulheres chiquérrimas vestindo Prada com livros da Meg em inglês. Ufa, não sou só eu. Aliás, vocês também gostam né?

E o que tem demais, também, gostar de uma escritora que escreve livros para adolescentes? Ela escreve para adultos também, ou "adulteens", como a própria autora e, confesso, como eu.

Meg Cabot chegou 19h30, pontualmente, muito simpática com as fãs. Posou para fotos e logo começou o bate-papo. Ponto para a livraria, que organizou todo o evento muito bem, pegando as perguntas antecipadamente, por escrito, para evitar aquela enrolação de passa-microfone, no estilo Serginho Groismann.

Curiosos(as) para saber quais as perguntas? Pois a blogueira que vos escreve lhes matará a curiosidade! Para todos que não puderam estar lá ontem, ou nas demais noites de autógrafo que Meg fez/fará, aqui vão as coisas mais legais que ela falou durante o bate-papo:

(Vou colocar as perguntas das fãs e as respostas da Meg, ok?)

_ Quem é o Benjamin para quem você dedica seus livros?
Meg: Benjamin é o meu marido. Eu dedico meus livros para ele porque é graças a ele que meus livros existem. Porque enquanto eu escrevo e viajo ele cuida da casa e cozinha!

_ Quais dos seus pseudônimos você prefere?
Meg: Prefiro ser a Meg Cabot. Agora, aquela Patrícia Cabot escreve livros muito sujos, vocês não deveriam lê-los!

_ Você já foi rejeitada numa editora?
Meg: Fui rejeitada por muitos anos, tenho um saco em casa do tamanho desta mesa cheio de cartas de rejeição. O importante é nunca desistir.

_Você escrevia diários na adolescência?
Meg: Sim! Meus livros são os meus diários. As partes com os meninos são todas verdade! E minha mãe namorou com um professor meu, era nojento... E Lily é baseada na minha melhor amiga. Mas ela não sabe.Toda vez que eu escrevo um livro novo da série Princesa eu dou um pra ela e depois pergunto o que achou. Ela sempre adora, mas daí fala: "Eu só não gosto daquela tal de Lily, qual o problema dela?".

_ Mas se as coisas que você escreve são autobiográficas, você vê fantasmas, como a Suze da série Mediadora?
Meg: Não, mas resolví escrever essa série após a morte de meu pai. Era como se eu visse ele em todos os lugares. Daí surgiu a idéia do livro. Meu irmão falou: "Por que você não escreve um livro sobre isso?" e então eu fui e escreví seis.

_ A Mediadora vai se tornar filme, como O Diário da Princesa?
Meg: Sim, já existe um script e um roteiro. Mas ainda estamos escolhendo os atores. Não, não posso falar quem são. Mas o Jesse tem que ser muito sexy.

_ Na série Mediadora você fala sobre macumba. Com quem você aprendeu macumba?
Meg: Com uma amiga brasileira. Ela me levou numa sessão de macumba e aprendí muita coisa então cuidado! E se precisarem fazer um despacho, podem falar comigo!

_Você escreve desde criança?
Meg: Sim. Eu escrevia as histórias que eu gostaria de ouvir e que não existiam. Eu queria histórias de mulheres corajosas, que vão atrás do que querem, aí como não tinha, eu inventava. Eu escrevia desde os sete anos, tenho tudo guardado até hoje. Não, vocês não gostariam de ler, eram livros como "Benny, o cachorrinho". E era muito triste, a família toda do Benny morria (risos).

_ Você era uma adolescente popular?
Meg: Não! Eu era muito impopular. As meninas populares eram muito más comigo. E hoje em dia, todas as meninas más são super boazinhas comigo no facebook!

_ Você era boa na escola?
Meg: Não! Eu ia mal nos testes! E continuo indo muito mal até hoje... Eu não dirijo! Porque não consigo passar no teste de direção! hahaha

_ Você teve muitos namorados?
Meg: Tive. Mas não os caras certos. Aos 16 anos conhecí meu marido e o detestei. Só dez anos depois é que nos reencontramos e eu fui ficar com ele. Mas o lado bom de você conhecer vários meninos é que depois você pode usá-los como personagens nos seus livros!

_ Qual o presente mais estranho que vcê já recebeu de um fã?
Meg: Uma estátua em tamanho real do Fat Louie. Aquilo realmente me deu muito trabalho para levar no avião...

_ Como foi morar na França?
Meg: Eu morei na França quando tinha sete anos. Foi complicado porque meus pais não sabiam falar francês, e eu tive que aprender em duas semanas para falar por eles! Então meu pai na época se feriu, pisando num pedaço de vidro. Fomos para o hospital e dissemos que ele havia pisado num pedaço de "glass" (vidro, em inglês). Só que em francês glass quer dizer sorvete. Sinto vergonha até hoje por isso...

_ Qual livro foi mais difícil de escrever?
Meg: O livro que você está terminando de escrever é sempre o mais difícil. Você tem uma idéia nova e tem vontade de deixar o livro de lado porque a outra idéia parece muito melhor. Mas meu marido sempre diz que eu vou conseguir sim, que conseguí terminar de escrever os outros, apesar de também reclamar que eles não iriam acabar nunca.

_ Pra qual público você escreve?
Meg: Os livros são para todos. Para todas as idades, são coisas que acontecem com todas as mulheres relatadas alí. Desde meninas até mulheres mais velhas. Todas nos sentimos como as personagens descritas alí às vezes...

_ A série A Mediadora vai ter mais um livro?
Meg: Sim. Deve ter um como um fechamento, um apanhado.

_ Você escuta música enquanto escreve? E que músicas e bandas você gosta?
Meg: Sim, escrevo escutando música bem alta. Gosto de pop music. Adoro Pussycat Dolls, Rihanna, Lady GaGa.

_ Como sua gata Henrietta perdeu um olho?
Meg: Não sei. Ela já veio com um olho só. Era uma gata de rua.

_ Você gosta da Clarice Lispector? O que gosta nos livros dela?
Meg: Ela retrata muito bem como é ser mulher e os problemas de ser mulher. E é detalhista sobre o universo feminino, escrevendo por exemplo sobre o incômodo de andar com um sapato que faz muito barulho com o salto.

***

Resumindo, esses foram os pontos mais interessantes do bate-papo e a Meg Cabot é uma fofa. Eu? Conseguí a senha 276 das 300 que tinha e esperei, lógico, pra pegar meu autógrafo e conversar com ela. Posso dizer que valeu a pena. Apesar de cansada ela foi muito solícita e gentil.

Quando eu cheguei com meus livros na fila ganhei uma coroa de princesa igual a da Meg! Love it! Daí quando ela foi me dar os autógrafos, eu falei:
_Você deve estar tão cansada!
E ela disse que sim. Daí perguntou se meu nome era "Lutiana" (estava no post it) e eu disse que sim. Daí falei pra ela:
_Tenho um blog no qual escrevo sobre livros. Vou contar para minhas leitoras que você gosta de Lady GaGa, elas vão amar saber disso!
E então ela morreu de rir, e disse que realmente a ama. E para minha surpresa se empolgou na conversa comigo! Eu nem me continha de tão feliz, lógico! Ela me perguntou se eu tinha visto a Lady GaGa no VMA e se tinha sido bacana. Eu disse que si,m que ví e contei como foi. Então eu perguntei porquê ela não assistiu. Daí ela disse que estava numa noite de autógrafos. Coitada. Depois ela mandou um beijo para vocês, leitores/as! Mesmo! E tiramos a foto tremida que está aqui. Na despedida, enquanto dávamos beijinhos no rosto (eu ganhei beijo no rosto da Meg Cabot, morri!) ela sussurou: _Ah! Eu AMEI seu casaco!

Gente, pára tudo, a Meg Cabot elogiou minha roupa! Eu quase infartei, rs...

E daí lógico, foi a deixa pra mim: "E eu adorei seus sapatos!" =D
(os sapatos dela eram autênticos Christian Louboutin! - Um par desses custa uns 20 casacos meus - da Renner, mesmo)

Sério, a noite foi ótima. E vocês? Conheceram/vão conhecer a Meg?
Gostaram do post? E das mudanças do blog?

Beijoooos!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Séries, desenhos, patavinas... "e a filosofia"

Há muitos anos atrás, no túnel do tempo, comprei um livro chamado "Os Simpsons e a Filosofia". Desde então ele está lá na minha estante, empoeirado, o coitado. Sem ter mais que alguns capítulos lidos.

Não, não é que eu não goste de Simpsons, muito pelo contrário. Também não é que eu não goste de filosofia, devorei O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, praticamente em um fim de semana.

O problema é que esse filão que acharam me incomoda um pouco, acho. Mesmo adorando Simpsons e simpatizando com filosofia, não conseguí avançar no livro e o achei muito, muito chato mesmo. No entanto está lá guardado pra caso um dia eu esteja sem nada pra fazer... Vai que, né.

Mas isso tudo - viva o blog, onde não existe a pirâmide invertida e a hierarquização dos fatos por importância! - é pra contar pra vocês que a editora BestSeller está lançando o livro (adivinha?!) A filosofia de Lost.

O livro foi escrito pelo professor da Universidade Católica de Milão Simone Regazzoni. Na obra, ele analisa os simbolismos, personagens e questões abordadas na série. O que Kant, Foucault e Platão diriam se pudessem assistir a Lost?

Bem, eles eu não sei, mas eu que estou viva no século XXI não assisto... Podem me xingar. Minha vida corrida não permite, embora a ilha de Lost me pareça muito legal e tal... Não para morar, logicamente... Então. O ponto é que pelo que sei de Lost, acredito que há muito mais pontos existenciais e filosóficos do que os Simpsons, que é mais crítico à sociedade atual...

Pra quem se interessa por Lost e/ou por filosofia:
O livro custa R$24,90 (preço justo, né?), tem 160 páginas e chega às livrarias essa semana.

E aí, se interessaram?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cristovão Tezza e seus milhares de prêmios


Sim, o Tezza ganhou mais um. Dessa vez, foi o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon. O sexto de O Filho Eterno. Parabéns a ele!


Eu estava com muita vontade de ler esse livro, finalmente o ganhei essa semana. E ocorreu um fato curioso. Fui para a aula com o livro na mão e um amigo viu. Então ele veio e falou: _Credo, que horror, você está lendo o Tezza.

Fiquei intrigada e perguntei por quê, ao que o amigo disse que não gostava dele, apenas. Sem entender nada, fui para o Café Literário - com o Tezza - na Bienal. Um tanto receosa, pensando que o escritor podia ser meio grosso.

E então Tezza chegou para o Café. Uma pessoa simpática e disposta. Adorei a conversa. Pensa naquela pessoa que dá uma gargalhada gostosa a quase todo fim de frase. E aproveito para publicar os trechos mais interessantes da conversa aqui:

Tezza disse que é um mistério porque um livro faz sucesso ou não. Ele mesmo já havia escrito outros livros e só em 2007 que foi devidamente reconhecido. Seu livro Breve espaço entre cor e sombra, segundo ele, vendeu menos de mil exemplares.

Como ao conversar com o autor ultimamente não dá pra fugir do assunto do livro premiado, ele falou sobre a síndrome de down, assunto abordado na obra. Tezza disse que seria covardia não escrever sobre isso. E que era para ser um ensaio, mas só quando ele passou em narrar a história, só quando criou um personagem, é que se sentiu livre pra escrever.

Tezza disse ainda que muitos dos fatos que acontecem com o pai do Felipe no livro não aconteceram com ele, são ficcionais. O romance é autobiográfico em alguns pontos, mas não todos. Tezza quis fazer do retrospecto da vida desse personagem o retrato de uma geração, que também foi a geração que ele viveu.

Uma curiosidade: o escritor recusou o convite pra Bienal do Rio pra vir à curitibana. Porque não pecisava viajar...

Cristóvão Tezza agora terá uma coluna na Folha Ilustrada de 15 em 15 dias onde vai falar de literatura internacional.

Quanto ao meu amigo, quando no dia seguinte eu o encontrei novamente e lhe contei sobre o Café Literário do dia anterior e disse que o Tezza foi muito bacana, meu amigo disse que na verdade o que ele tinha era inveja do Tezza. Recalque.

Compreensível.

Ao amigo, que não vou revelar o nome: TE ADORO ****. Você também escreve bem... Só faltam os prêmios!

Dica de leitura do Tezza pro Todaletra: Desonra - J.M. Coetzee.
É um autor sul-africano.

Ah, e um beijo especial para as colegas jornalistas da RECORD, com os meus parabéns pelo sucesso do Filho Eterno... (Adriana, Carol, Gabriela e Rita)

Fui!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu não me esquecí de vocês

Estou sem tempo de publicar textos decentes no blog e prefiro deixar uns dias sem postar que colocar qualquer besteira, ok?

Vocês podem acompanhar o @todaletra no twitter, onde estou postando novidades e programação da Bienal de Curitiba. Ela termina dia 04 de setembro e então poderei contar com calma tudo que rolou.
Pra vocês não dizerem que sou má, vou deixar uma dica de leitura com gostinho de quero mais:
Cidades invisíveis - Ítalo Calvino.
Indicado para vocês, leitores do blog, por ninguém menos que Arnaldo Bloch.
Eu vou, mas eu volto.
Com outros mimos.

domingo, 30 de agosto de 2009

Sobre Cony e Boff

Acordar cedo no sábado não é legal. Especialmente depois de uma noite de sexta, digamos, conturbada. Mas lá fui eu, pra bienal, com o espírito desarmado, para o Café Literário. Qual a minha surpresa, quando percebí que cheguei no mesmo momento que meu entrevistado do dia: Leonardo Boff. Fiquei mais surpresa ainda quando o autor viu seu livro na minha mão e veio falar comigo. É, o Boff pediu para me dar um autógrafo. A bela dedicatória está aqui ó:

Aproveitei e já fiz a entrevista na hora, lógico. Mas depois eu conto, porque após essa feliz coincidência, entrei no já iniciado bate-papo com Carlos Heitor Cony.

Cony falou de sua carreira de jornalista. Contou que deve ser o único repórter que ao ser demitido teve um chefe pedindo demissão junto em solidariedade. O escritor falou também sobre José Sarney e os perigos da imprensa, lembrando que o mesmo Sarney que hoje é excomungado é o mesmo que ontem era exaltado. Como isso é um blog, posso dar minha humilde opinião e dizer que concordo com ele. É preciso cuidado na pista.

Outro ponto interessante foi quando Cony falou sobre a figura de seu pai em sua literatura. Questionado sobre seu pai assumir papel de vilão em seus livros, com muito bom humor Cony contou que seu pai era um homem muito feliz e então soltou a seguinte frase: "a felicidade é uma forma de vilania". Arrancando sorrisos da platéia, Cony explicou que a felicidade de seu pai o incomodava, como na vez em que ele o encontrou no ônibus e seu pai começou a falar sobre gonorréia. Em alto e bom tom. Desde então, Cony tomou seu pai como parâmetro para suas ações. Sempre que tem uma dúvida, diz se perguntar: "O que meu pai faria?" E então ele vai e faz o contrário.

Depois da diversão que foi o café com o Cony, chegou o horário do Leonardo Boff. E aqui vale um parêntese: eu nunca tinha lido Boff até ontem.

No ônibus para a bienal abrí o livro do início do post "A Opção Terra - A solução para a Terra não cai do céu". Esse papo de vamos unir nossas forças e salvar o planeta pra mim parece um tanto pretensioso. Meio de má vontade comecei a folhear (acho que eu nem devia dizer isso aqui né?) e tomei na cara. O cara - Leonardo Boff - tem uma visão incrível disso tudo.

Com capítulos super explicativos e com respaldo teórico (todos eles têm uma extensa bibliografia no final), o teólogo-filósofo dá um banho em muito eco-chato. O capítulo que lí fala sobre a mesma idéia interessante sobre a qual ví um vídeo esses dias no youtube: o fato de que a Terra (Gaia) é um macro-organismo que tem passado por catástrofes através dos milhares de anos. E que se o ser humano não se cuidar, Gaia se livrará dele. Resumindo: se entendí direito, ao invés de dizer que nós vamos acabar com o mundo, o certo é dizer que se não cuidarmos bem do planeta ele é que vai acabar com a gente.

Boff começou a conversa dizendo que o Café Literário com o Cony lhe serviu para desopilar os bofes. Eu sabia que aquela conversa prometia. O que mais pensar de um cara que diz que se você não se cuidar com o vaticano cai na fogueira?

O teólogo alertou para o fato que o ser humano está consumindo mais do que a Terra pode produzir e que até o final do século a projeção é de que a temperatura do planeta aumente em 9°C. Ao ser perguntado sobre ser ou não vegetariano, Boff disse que não e se explicou dizendo que o gado produz muito gás metano, na ruminação e na flatulência, e que, portanto, come a carne para diminuir o metano na atmosfera. Pode?!

Curiosos para saber minha pergunta para o escritor? Perguntei como um cara que acredita no Big Bang consegue unir a visão científica e evolucionista com a teologia e a fé. Boff disse que para isso a grande questão é onde colocamos Deus. Para ele, Deus está abaixo, antes de tudo, é o mistério e o inefável. A base do universo. O escritor disse ser bobagem a teoria criacionista, nada de Adão e Eva para ele. Boff falou que Deus está toda hora criando, constantemente, ou voltaríamos para o nada. Visão interessante né? Bem, eu sempre achei a tal história do Adão e Eva muito mal contada mesmo...

O Café Literário é uma ótima oportunidade pra conversar com grandes pensadores. Além de tudo, o café e o pão de queijo são de graça...
É para alimentar o corpo e a alma.

Hoje tem Antônio Cícero às 15h, Lucia Durães às 16h e Francisco Pimpão às 17h.

A programação completa está no site da bienal. Tem o link no post anterior.

Termino com duas frases legais que ouví no Café ontem:


"Eu escreví, mas ninguém tomou providências" - Carlos Heitor Cony


"A igreja é uma coisa muito complexa: há desde pedófilos até santos" - Leonardo Boff.












quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Errata - Agenda da Bienal de Curitiba

Os horários que eu havia passado no post anterior foram em boa parte alterados, então acho bom quem tiver a intenção de ir, dar uma olhada na programação completa aqui:

http://www.bienaldolivrocuritiba.com.br/programacao/programacao_geral.pdf

Eu, é claro, estarei por lá ;)

Eventos na Bienal

Leonardo Boff participa da Bienal do Livro de Curitiba. Na ocasião, ele autografa Opção terra, onde aponta saídas para a salvação do planeta da destruição da biosfera e da extinção humana pela solidariedade e o cuidado com a natureza.
Data: 28 de agosto
Horário: às 19h30


Carlos Heitor Cony e Moacy Scliar participam de mesa-redonda durante a Bienal do Livro de Curitiba. Cony lançou, recentemente, em co-autoria com Anna Lee, o segundo livro da série Duda, Jacaré & Cia, O monstro da Lagoa do ABaeté.
Data: 29 de agosto
Horário: às 9h


Os poetas Ivan Junqueira e Antonio Cicero participam de mesa-redonda durante a Bienal do Livro de Curitiba, onde Ivan autografa seu décimo livro, Cinzas do espólio.
Data: 30 de agosto
Horário: das 19h30 às 21h30


Miguel Sanches Neto participa da Bienal do Livro de Curitiba, onde autografa seus livros, entre os quais A primeira mulher, um romance multifacetado.
Data: 31 de agosto
Horário: das 19h30 às 21h30


Carlos Herculano Lopes e Domingos Pellegrini participam da Bienal do Livro de Curitiba.
Data: 02 de setembro
Horário: das 19h30 às 21h30


Um dos mais conceituados escritores brasileiros contemporâneos, Cristovão Tezza participa da Bienal de Curitiba, em mesa com João Gilberto Noll e Raimundo Carrero. Após o bate-papo, Tezza autografa seu romance, O filho eterno, vencedor dos principais prêmios literários do país.
Data: 03 de setembro
Horário: das 19h30 às 21h30


E aí, vai em qual?
Eu quero ir em TODOS :D

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lembra de mim? - Sophie Kinsella

Já imaginou acordar sem memória num hospital? Mais estranho ainda: acordar sem memória num hospital e descobrir que você se transformou em outra pessoa? Ainda é o corpo com o qual você nasceu, mas muito mais malhado, com cabelos e dentes muito mais brilhantes do que você jamais ousou sonhar ter. Imagine que você roía as unhas antes e acorda com elas perfeitas e brilhantes. Imagine que você namorava um imbecil e acorda casada com o cara mais lindo que já viu.

Imaginou? Parece bom não é? Pois foi isso e muito mais o que aconteceu com Lexi Smart, protagonista do livro Lembra de mim?. Só que ela não sabe como. Simplesmente acordou após sofrer um acidente com sua Mercedes - sim, agora ela não anda mais de ônibus, na sua nova vida tem um Mercedes conversível - sofrendo de perda de memória dos últimos três anos da sua vida.

Quem ler esse livro poderá acompanhar a trajetória de Lexi tentando reconstruir a própria história. E a vida perfeita vai se mostrando, adivinha? Não tão perfeita. É praticamente um castelo de cartas a ponto de desmoronar.

Bom para dar muitas gargalhadas, Lembra de mim? foi publicado pela editora Record esse ano. Sophie Kinsella é a autora dos livros da série Becky Bloom, que faz tanto sucesso entre as mulheres que virou filme:



Para as fãs de Marian Keyes, é uma ótima pedida se vocês se forçarem a ler até o terceiro capítulo para acostumar com o estilo de escrever da Sophie Kinsella. Daí pra frente é só alegria...

Recomendo. Principalmente se você gostar de girassóis...


Contagem regressiva pra Bienal do Livro de Curitiba! Quem vai levanta a mão! o/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A inconfundível Marian Keyes


Marian Keyes é uma autora irlandesa com vários bestsellers no currículo. A sua receita do sucesso é a maneira de escrever para mulheres. Com um estilo inconfundível, Marian faz com que todos os dias milhares de pessoas se deliciem com suas histórias de protagonistas sempre muito peculiares, tão reais que sempre acabam sendo parecidas com alguém que você conhece. Todas têm defeitos, inseguranças, manias, que acabam as tornando muito humanas.

Pode ser que você ache uma perda de tempo ler esse tipo de livro, já que ele não tem grandes literatices. Nesse caso provavelmente você não gosta de assistir a comédias românticas também. Dessas com roteiros bem elaborados, que valem à pena.

Caso você não conheça o estilo da Marian Keyes, pode até se enganar pensando que é uma coisa meio "Emanuelle", lembra? Aqueles romances melosos de banca de jornal? Mas passa longe. Embora as personagens dela sempre estejam às voltas com algum imbróglio amoroso, o foco das histórias costuma ser outro. A carreira profissional, presente em vários dos livros, a depressão e até mesmo a luta contra as drogas. Só que a Marian consegue deixar esses temas absurdamente engraçados.

A própria Marian Keyes passou por reabilitação. Depois dessa Rehab surgiu "Férias!", um de seus romances mais aclamados. Neste livro dá pra perceber que outro fato nos romances da autora é que as personagens secundárias também são muito detalhadas. Daí normalmente cria-se uma identificação com o leitor, com algum desses personagens. Eu por exemplo, sou a Tara, comedora compulsiva. Como ela, se estiver nervosa sou capaz de comer um saco de pão de forma. E também adoraria encontrar um batom indelével. Não entendeu? A Tara está no livro "É agora... Ou nunca!". Leia os livros da Marian Keyes e irá se identificar também, eu garanto...

Outro ponto interessante nas histórias da Marian Keyes é que a maioria de seus livros são interligados. As personagens principais de grande parte dele são parentes. É o caso da protagonista de Melancia, o primeiro romance da autora, publicado em 1995. Ela tem algumas irmãs que também viraram bestsellers. Mas quem sou eu para estragar a surpresa? Só lendo pra descobrir ;)

Na foto os quatro livros da Marian que tenho. O sapo é um marcador de páginas super fofo que comprei na Livrarias Curitiba.

Para quem se interessou pelos livros, alguns estão disponíveis na internet em formato e-book. No 4shared tem alguns e também no esnipes.

Para saber mais sobre Marian Keyes:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=589056


Livros já publicados no Brasil:

Melancia (Watermelon) - 2003
Férias (Rachel's Holiday) - 2004
Sushi (Sushi for Beginners) - 2004
Casório!? (Lucy Sullivan is getting married) - 2005
É agora...ou nunca (Last Chance Saloon) - 2006
Los Angeles (Angels) - 2007
Um bestseller pra chamar de meu(The other side of the story)-2008

Câmbio, desligo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ótima novidade!


Já não era sem tempo! Finalmente uma Bienal do livro em Curitiba!
Prometo postar mais detalhes na sequência...

sábado, 15 de agosto de 2009

Livros mais vendidos segundo a VEJA

Ficção:
1 - A Cabana - William Young - Sextante
2 - Amanhecer - Stephenie Meyer - Intrínseca
3 - Lua Nova - Stephenie Meyer - Intrínseca
4 - Eclipse - Stephenie Meyer - Intrínseca
5 - Crepúsculo - Stephenie Meyer - Intrínseca
6 - O vendedor de sonhos - Augusto Cury - Academia de inteligência
7 - O vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos - Augusto Cury - Academia de inteligência
8 - Leite derramado - Chico Buarque - Cia das Letras
9 - O Negociador - John Grisham - Rocco
10 - A Cidade do Sol - Khaled Hosseini - Nova Fronteira

*A lista completa com os 20 mais vendidos de ficção, não ficção e auto-ajuda e esoterismo pode ser visualisada no link:

http://veja.abril.com.br/livros_mais_vendidos/

Pornopopéia



Ok. Confesso que quando comecei a ler esse livro pensei: "_Nossa, esse cara não cresceu?" Não estava acostumada com o estilo do Reinaldo Moraes. Esse autor foi aclamado pelo seu primeiro romance, Tanto Faz, na década de 80 ao que me parece.
A história do livro começa quando um diretor underground precisa criar um roteiro para um vídeo institucional. Sobre, adivinha? Embutidos de frango... Imagina a vontade do cara... Pra ajudar, o protagonista, Zeca, tem uma quedinha por coisas ilícitas - leia-se drogas, muitas drogas - e sexo. Não com sua esposa, logicamente. Entre um "tirinho" e outro, Zeca vive uma verdadeira epopéia.
Se você conseguir ler o primeiro capítulo e se acostumar com a montoeira de palavrões e termos como "imeio" - que confesso, me incomodaram um pouco - acaba gamando. Isso mesmo. Porque o Reinaldo, acusado por muitos de ser um autor que não cresceu, escreve com maestria e muita inteligência, colocando no texto umas sacadas nada menos que geniais. E o autor também não subestima a inteligência de seus leitores, colocando no texto referências explícitas e implícitas a Rimbauld, Hitchcock, Jimmy Hendrix, Doors, outras línguas, religião, cinema e por aí vai.
Ok, não te convencí? Vou então postar um trechinho do capítulo 6, quando Zeca, o protagonista, seu amigo Ingo e a jovem Sossô vão a um templo de Bhagadhagadhoga. Isso mesmo, você não leu errado. Espia:

"O jardim tinha o formato dum retângulo imperfeito recoberto por uma pequena hiléia de plantas altas e arbustos baixos, cortada por umas trilhas estreitas que se cruzavam em trama labiríntica. No centro do retângulo havia um círculo de grama baixa salpicada de tufos de flores variadas. Fomos desembocar nesse círculo central seguindo os passos do Ingo, que se movia com segurança pelo labirinto. Proust haveria de saber o nome de cada uma daquelas flores e plantas. Caio Fernando de Abreu também. Eu só conhecia o cipreste, que sempre associei a enterros e telas surrealistas. Uma das vantagens do cinema sobre a literatura é essa, a de desobrigar o autor de nomear as flores nos cenários. Por mim podiam ser armênias silvestres, jambronas do campo, rabos-de-babuíno-da-Tanzânia, lambrequinhas-da-serra e o cu-florido-a-quatro. Em todo caso, eram lindas, e suas cores me deixavam rastros cromáticos nas pupilas lisergizadas a cada chicote do olhar.
Cacete, pensei, bem que o Ingo tinha avisado: puta ácido, meu. Percorrendo mais um pouco o labirinto ajardinado fomos dar noutra clareira com quatro ícones de cimento dispostos em cruz. De acordo com o nosso personal bodhisattva, as quatro figuras demarcavam os quatro cantos místicos do universo pra onde os fiéis devem dirigir orações específicas ao longo do dia. Um dos ícones, o maior, que parecia presidir o cenário, representava uma bailarina de peitos nus e quatro braços dando a impressão de movimento. O dedão e o indicador de uma das mãos superiores se fechavam numa rosquinha endereçada aos mortais, enquanto a outra mão espetava o dedo médio para o céu, num fuck-you cósmico. Uma das mãos de baixo apontava com o indicador para a terra. A outra mão inferior armava uma espécie de saudação surfista, dedão e dedinho esticados num hang loose.
O Ingo foi explicando que aquela ou aquele - ambos os sexos numa só entidade - era Shiva Parvati, o manda-chuva da cosmogonia védica que zela pelos grandes ciclos de criação e destruição do universo material, sendo que, na versão baghadhagadhoga, Shiva é encarado como uma das manifestações do touro místico, o grande Zebuh Bhagadhagadhoga, de cujo badah-lingam sempre alerta dimana a energia que anima todas as formas de vida do planeta.
Os braços de cima da divindade, explicou Ingo, agiam no plano espiritual, bem acima da rota dos aviões de carreira. Os debaixo atuavam no mundo terreno, tangível, cuspível e cagável. Aquele dedo apontando pra terra, por exemplo, nos lembrava que, mais cedo ou mais tarde, seria alí a derradeira morada de todos nós, cineastas marginais, lavadeiras gostosas, girls despiroquetes, trombadinhas performáticos, citaristas de música indiana, esposas iracundas, síndicos escrotos, diretores de marketing endógeno, traficantes sacanas e suas putinhas portáteis, e tutti quanti. Agradecí o aviso e perguntei:
"E qualé a dos peitinhos da figura, Ingão? O que é que eles significam?"
Sossô riu do tiozinho lubricão. Mas o Ingo rebateu no ato, sério:
"O peito direito dá o leite do bem, o esquerdo o do mal. Os dois juntos são o alimento fundamental da consciência humana."
"Prefiro cerveja e cachaça", tasquei, boçal mas sincero.
O Ingo ria de tudo, complacente. E a Sossô ria junto com ele, por simbiose. Fazer uma mulher rir é fundamental. Mas tem que ter cuidado: se ela ficar rindo demais, o tempo todo, é sinal de que você virou um palhaço. E palhaço não dá tesão em mulher nenhuma. Palhaço só dá medo em criança. E era isso, afinal, que o Ingo estava virando para a Sossô: um clown - o clone do clown do Marsicano. Bom pra mim, no caso.
Seguimos, então, por outras trilhas, numa das quais topamos com uma fonte de cimento formada por uma bandeja de cimento no topo de uma coluna de metro e meio de altura. Em cima da bandeja se assentava em flor de lótus um pequeno Buda sorridente a verter água pelo umbigo. O cano com a água só podia estar entrando pelo rabo do Buda, vindo de dentro da coluna, o que submetia o gordinho careca a um clister permanente. Pelo sorriso dele, isso não parecia incomodar muito. A água vertida pelo umbigo do Buda transbordava da bandeja, escorria pela coluna e se infiltrava num grande ralo circular em torno da base. O Budinha lá em cima parecia levitar sobre um lago suspenso formado por seu próprio mijo incolor. Olhar praquilo me fezrebentar numa gargalhada patológica. No meu relógio subjetivo, durou dez minutos a gargalhada. Ou quinze. O Ingo, solidário, também soltou seu riso socadinho. Sossô riu por último, mas riu melhor e mais gostoso. Quando pude me controlar, mandei com brio:
"Se esse Buda mija pelo umbigo, nem me atrevo a perguntar por onde ele caga!"

Por essas e outras, muitas vezes me peguei rindo alto, rindo sozinha no ônibus - sim, eu leio no ônibus - ao ler essa bagunça originalíssima que é o Pornopopéia. Só que esse é um livro perigoso de se ler no ônibus e em outros locais públicos, pois honra o título, tem muitas passagens pra lá de picantes.

Quem quiser ler, Pornopopéia foi editado pela Editora Objetiva e está disponível nas principais livrarias. Tem 475 páginas e o preço médio é entre 40 e 50 reais.

Meu último argumento e algo que me fez simpatizar com o Reinaldo Moraes, é o fato de que a pedido do autor, o livro não segue as normas do novo acordo ortográfico. Eu, particularmente, adorei. Até 2012, trema na linguiça! ;)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Muitos, muitos e-books

Como um presentinho de inauguração, vou dar uma dica de amiga para vocês, o site

http://www.portaldetonando.com.br/forum/portal.php

É a maior biblioteca virtual que conheço. Lá vocês encontram milhares de e-books para baixar!
Dá pra ler no computador ou no mp4, celular...
Bem, divirtam-se...

Começando do começo

Acho que minha vida pessoal deve ser o que menos interessa a quem vai ler esse blog. Mas acho que um breve perfil pode ser interessante para que vocês entendam como cheguei até aqui.
Adoro livros. Amo, sou alucinada, apaixonada, praticamente uma traça. Desde que fui alfabetizada. E desde então leio de tudo. Meu primeiro livro favorito foi Anita Mamã. Infelizmente eu dei ele para um orfanato junto com minhas barbies velhas e nunca mais achei outro exemplar para comprar...
Aos 10 anos caiu em minhas mãos um exemplar de Feliz ano velho, do Marcelo Rubens Paiva. Aí vocês imaginam, embora na época eu não tenha entendido metade, percebí o potencial que os livros tinham para me ensinar coisas novas... rs
Desde então trabalhei em algumas livrarias, sempre com o intuito de ficar perto deles, os livros. Ah, os livros.
Por causa deles também levei suspensão no trabalho, fui pega lendo escondido.
Mas isso não fez com que gostasse menos dessas viagens no papel.
Acabei indo pra faculdade de jornalismo. Sim, Além de ler eu adoro escrever. Agora estou quase terminando a faculdade e ainda não achei um rumo. Só sei que a paixão pelos livros permanece intacta. E é perto deles que quero estar.
Então, se você que está me lendo também ama os livros, ou pelo menos simpatiza com eles, sinto lhe informar que somos minoria. O Brasil tem poucos leitores regulares. Mas se com esse blog eu puder estimular alguém a ler, ainda que uma só pessoa, já vou ficar feliz.
A ideia desse blog é divulgar livros interessantes, entrevistas com autores bacanas, sites de e-books...
Espero que com o tempo eu também possa sortear brindes (livros, claro!) para meus leitores.
Bem, se você leu até aqui, deve ser um leitor ávido como eu, que lê até bula de remédio, já que esse texto, escrito na pressa, não deve ser dos mais agradáveis. Então, se esse for seu caso, boa leitura!