quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Onze Minutos
Mas os onze minutos do livro de Paulo Coelho, são outros.
Tá. Eu sempre tive preconceito com o Paulo Coelho, porque não conhecia. E não sei nada de Brida, Diário de um mago e outros tantos. Mas uma amiga me indicou e me emprestou Onze Minutos. Como o assunto me interessou o querido livro acabou furando a fila e o lí essa semana.
Onze Minutos é lindo, a história de uma prostituta que vai trabalhar na Europa. Lá ela aprende como é a vida real, bem diferente que a vida anterior que levava no interior do nordeste, quando era uma menina bonita e ingênua.
Maria é realmente uma personagem cativante, inteligente, que entende seu caminho com auto-análise. Seus sonhos se misturam à realidade em que vive, mas sem nunca se sentir culpada por ter escolhido ser prostituta. Escolheu vender o corpo. Odiava o trabalho mas queria o dinheiro.
Não vou contar mais para não estragar a história, mas é um livro que merece ser passado na frente na sua fila de leitura...
Ah, a Maria é baseada numa prostituta real que relatou sua história ao autor...
Bjo gente!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Melancia que cabe no bolso?!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Tô viva! - Garoto encontra garota e Moacyr Scliar
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Deixa a vida me levar...
sábado, 26 de setembro de 2009
A preguiça é um pecado capital?
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Ruy Castro - o leitor apaixonado
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Quem jogava RPG, levanta a mão! o/
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Uma noite de princesa
Muitas meninas, mas muitas mesmo, esperavam pela oportunidade de pegar um autógrafo, falar, tocar ou ao menos tirar uma foto com a autora. Me sentí um pouco envergonhada no meio da criançada, mas a vergonha logo passou, pois chegaram duas mulheres chiquérrimas vestindo Prada com livros da Meg em inglês. Ufa, não sou só eu. Aliás, vocês também gostam né?
E o que tem demais, também, gostar de uma escritora que escreve livros para adolescentes? Ela escreve para adultos também, ou "adulteens", como a própria autora e, confesso, como eu.
Meg Cabot chegou 19h30, pontualmente, muito simpática com as fãs. Posou para fotos e logo começou o bate-papo. Ponto para a livraria, que organizou todo o evento muito bem, pegando as perguntas antecipadamente, por escrito, para evitar aquela enrolação de passa-microfone, no estilo Serginho Groismann.
Curiosos(as) para saber quais as perguntas? Pois a blogueira que vos escreve lhes matará a curiosidade! Para todos que não puderam estar lá ontem, ou nas demais noites de autógrafo que Meg fez/fará, aqui vão as coisas mais legais que ela falou durante o bate-papo:
(Vou colocar as perguntas das fãs e as respostas da Meg, ok?)
_ Quem é o Benjamin para quem você dedica seus livros?
Meg: Benjamin é o meu marido. Eu dedico meus livros para ele porque é graças a ele que meus livros existem. Porque enquanto eu escrevo e viajo ele cuida da casa e cozinha!
_ Quais dos seus pseudônimos você prefere?
Meg: Prefiro ser a Meg Cabot. Agora, aquela Patrícia Cabot escreve livros muito sujos, vocês não deveriam lê-los!
_ Você já foi rejeitada numa editora?
Meg: Fui rejeitada por muitos anos, tenho um saco em casa do tamanho desta mesa cheio de cartas de rejeição. O importante é nunca desistir.
_Você escrevia diários na adolescência?
Meg: Sim! Meus livros são os meus diários. As partes com os meninos são todas verdade! E minha mãe namorou com um professor meu, era nojento... E Lily é baseada na minha melhor amiga. Mas ela não sabe.Toda vez que eu escrevo um livro novo da série Princesa eu dou um pra ela e depois pergunto o que achou. Ela sempre adora, mas daí fala: "Eu só não gosto daquela tal de Lily, qual o problema dela?".
_ Mas se as coisas que você escreve são autobiográficas, você vê fantasmas, como a Suze da série Mediadora?
Meg: Não, mas resolví escrever essa série após a morte de meu pai. Era como se eu visse ele em todos os lugares. Daí surgiu a idéia do livro. Meu irmão falou: "Por que você não escreve um livro sobre isso?" e então eu fui e escreví seis.
_ A Mediadora vai se tornar filme, como O Diário da Princesa?
Meg: Sim, já existe um script e um roteiro. Mas ainda estamos escolhendo os atores. Não, não posso falar quem são. Mas o Jesse tem que ser muito sexy.
_ Na série Mediadora você fala sobre macumba. Com quem você aprendeu macumba?
Meg: Com uma amiga brasileira. Ela me levou numa sessão de macumba e aprendí muita coisa então cuidado! E se precisarem fazer um despacho, podem falar comigo!
_Você escreve desde criança?
Meg: Sim. Eu escrevia as histórias que eu gostaria de ouvir e que não existiam. Eu queria histórias de mulheres corajosas, que vão atrás do que querem, aí como não tinha, eu inventava. Eu escrevia desde os sete anos, tenho tudo guardado até hoje. Não, vocês não gostariam de ler, eram livros como "Benny, o cachorrinho". E era muito triste, a família toda do Benny morria (risos).
_ Você era uma adolescente popular?
Meg: Não! Eu era muito impopular. As meninas populares eram muito más comigo. E hoje em dia, todas as meninas más são super boazinhas comigo no facebook!
_ Você era boa na escola?
Meg: Não! Eu ia mal nos testes! E continuo indo muito mal até hoje... Eu não dirijo! Porque não consigo passar no teste de direção! hahaha
_ Você teve muitos namorados?
Meg: Tive. Mas não os caras certos. Aos 16 anos conhecí meu marido e o detestei. Só dez anos depois é que nos reencontramos e eu fui ficar com ele. Mas o lado bom de você conhecer vários meninos é que depois você pode usá-los como personagens nos seus livros!
_ Qual o presente mais estranho que vcê já recebeu de um fã?
Meg: Uma estátua em tamanho real do Fat Louie. Aquilo realmente me deu muito trabalho para levar no avião...
_ Como foi morar na França?
Meg: Eu morei na França quando tinha sete anos. Foi complicado porque meus pais não sabiam falar francês, e eu tive que aprender em duas semanas para falar por eles! Então meu pai na época se feriu, pisando num pedaço de vidro. Fomos para o hospital e dissemos que ele havia pisado num pedaço de "glass" (vidro, em inglês). Só que em francês glass quer dizer sorvete. Sinto vergonha até hoje por isso...
_ Qual livro foi mais difícil de escrever?
Meg: O livro que você está terminando de escrever é sempre o mais difícil. Você tem uma idéia nova e tem vontade de deixar o livro de lado porque a outra idéia parece muito melhor. Mas meu marido sempre diz que eu vou conseguir sim, que conseguí terminar de escrever os outros, apesar de também reclamar que eles não iriam acabar nunca.
_ Pra qual público você escreve?
Meg: Os livros são para todos. Para todas as idades, são coisas que acontecem com todas as mulheres relatadas alí. Desde meninas até mulheres mais velhas. Todas nos sentimos como as personagens descritas alí às vezes...
_ A série A Mediadora vai ter mais um livro?
Meg: Sim. Deve ter um como um fechamento, um apanhado.
_ Você escuta música enquanto escreve? E que músicas e bandas você gosta?
Meg: Sim, escrevo escutando música bem alta. Gosto de pop music. Adoro Pussycat Dolls, Rihanna, Lady GaGa.
_ Como sua gata Henrietta perdeu um olho?
Meg: Não sei. Ela já veio com um olho só. Era uma gata de rua.
_ Você gosta da Clarice Lispector? O que gosta nos livros dela?
Meg: Ela retrata muito bem como é ser mulher e os problemas de ser mulher. E é detalhista sobre o universo feminino, escrevendo por exemplo sobre o incômodo de andar com um sapato que faz muito barulho com o salto.
***
Quando eu cheguei com meus livros na fila ganhei uma coroa de princesa igual a da Meg! Love it! Daí quando ela foi me dar os autógrafos, eu falei:
_Você deve estar tão cansada!
E ela disse que sim. Daí perguntou se meu nome era "Lutiana" (estava no post it) e eu disse que sim. Daí falei pra ela:
_Tenho um blog no qual escrevo sobre livros. Vou contar para minhas leitoras que você gosta de Lady GaGa, elas vão amar saber disso!
E então ela morreu de rir, e disse que realmente a ama. E para minha surpresa se empolgou na conversa comigo! Eu nem me continha de tão feliz, lógico! Ela me perguntou se eu tinha visto a Lady GaGa no VMA e se tinha sido bacana. Eu disse que si,m que ví e contei como foi. Então eu perguntei porquê ela não assistiu. Daí ela disse que estava numa noite de autógrafos. Coitada. Depois ela mandou um beijo para vocês, leitores/as! Mesmo! E tiramos a foto tremida que está aqui. Na despedida, enquanto dávamos beijinhos no rosto (eu ganhei beijo no rosto da Meg Cabot, morri!) ela sussurou: _Ah! Eu AMEI seu casaco!
Gente, pára tudo, a Meg Cabot elogiou minha roupa! Eu quase infartei, rs...
E daí lógico, foi a deixa pra mim: "E eu adorei seus sapatos!" =D
(os sapatos dela eram autênticos Christian Louboutin! - Um par desses custa uns 20 casacos meus - da Renner, mesmo)
Sério, a noite foi ótima. E vocês? Conheceram/vão conhecer a Meg?
Gostaram do post? E das mudanças do blog?
Beijoooos!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Séries, desenhos, patavinas... "e a filosofia"
Não, não é que eu não goste de Simpsons, muito pelo contrário. Também não é que eu não goste de filosofia, devorei O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, praticamente em um fim de semana.
O problema é que esse filão que acharam me incomoda um pouco, acho. Mesmo adorando Simpsons e simpatizando com filosofia, não conseguí avançar no livro e o achei muito, muito chato mesmo. No entanto está lá guardado pra caso um dia eu esteja sem nada pra fazer... Vai que, né.
Mas isso tudo - viva o blog, onde não existe a pirâmide invertida e a hierarquização dos fatos por importância! - é pra contar pra vocês que a editora BestSeller está lançando o livro (adivinha?!) A filosofia de Lost.
O livro foi escrito pelo professor da Universidade Católica de Milão Simone Regazzoni. Na obra, ele analisa os simbolismos, personagens e questões abordadas na série. O que Kant, Foucault e Platão diriam se pudessem assistir a Lost?
Bem, eles eu não sei, mas eu que estou viva no século XXI não assisto... Podem me xingar. Minha vida corrida não permite, embora a ilha de Lost me pareça muito legal e tal... Não para morar, logicamente... Então. O ponto é que pelo que sei de Lost, acredito que há muito mais pontos existenciais e filosóficos do que os Simpsons, que é mais crítico à sociedade atual...
Pra quem se interessa por Lost e/ou por filosofia:
O livro custa R$24,90 (preço justo, né?), tem 160 páginas e chega às livrarias essa semana.
E aí, se interessaram?
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Cristovão Tezza e seus milhares de prêmios
Sim, o Tezza ganhou mais um. Dessa vez, foi o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon. O sexto de O Filho Eterno. Parabéns a ele!
Eu estava com muita vontade de ler esse livro, finalmente o ganhei essa semana. E ocorreu um fato curioso. Fui para a aula com o livro na mão e um amigo viu. Então ele veio e falou: _Credo, que horror, você está lendo o Tezza.
Fiquei intrigada e perguntei por quê, ao que o amigo disse que não gostava dele, apenas. Sem entender nada, fui para o Café Literário - com o Tezza - na Bienal. Um tanto receosa, pensando que o escritor podia ser meio grosso.
E então Tezza chegou para o Café. Uma pessoa simpática e disposta. Adorei a conversa. Pensa naquela pessoa que dá uma gargalhada gostosa a quase todo fim de frase. E aproveito para publicar os trechos mais interessantes da conversa aqui:
Tezza disse que é um mistério porque um livro faz sucesso ou não. Ele mesmo já havia escrito outros livros e só em 2007 que foi devidamente reconhecido. Seu livro Breve espaço entre cor e sombra, segundo ele, vendeu menos de mil exemplares.
Como ao conversar com o autor ultimamente não dá pra fugir do assunto do livro premiado, ele falou sobre a síndrome de down, assunto abordado na obra. Tezza disse que seria covardia não escrever sobre isso. E que era para ser um ensaio, mas só quando ele passou em narrar a história, só quando criou um personagem, é que se sentiu livre pra escrever.
Tezza disse ainda que muitos dos fatos que acontecem com o pai do Felipe no livro não aconteceram com ele, são ficcionais. O romance é autobiográfico em alguns pontos, mas não todos. Tezza quis fazer do retrospecto da vida desse personagem o retrato de uma geração, que também foi a geração que ele viveu.
Uma curiosidade: o escritor recusou o convite pra Bienal do Rio pra vir à curitibana. Porque não pecisava viajar...
Cristóvão Tezza agora terá uma coluna na Folha Ilustrada de 15 em 15 dias onde vai falar de literatura internacional.
Quanto ao meu amigo, quando no dia seguinte eu o encontrei novamente e lhe contei sobre o Café Literário do dia anterior e disse que o Tezza foi muito bacana, meu amigo disse que na verdade o que ele tinha era inveja do Tezza. Recalque.
Compreensível.
Ao amigo, que não vou revelar o nome: TE ADORO ****. Você também escreve bem... Só faltam os prêmios!
Dica de leitura do Tezza pro Todaletra: Desonra - J.M. Coetzee.
É um autor sul-africano.
Ah, e um beijo especial para as colegas jornalistas da RECORD, com os meus parabéns pelo sucesso do Filho Eterno... (Adriana, Carol, Gabriela e Rita)
Fui!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Eu não me esquecí de vocês
domingo, 30 de agosto de 2009
Sobre Cony e Boff
Aproveitei e já fiz a entrevista na hora, lógico. Mas depois eu conto, porque após essa feliz coincidência, entrei no já iniciado bate-papo com Carlos Heitor Cony.
Cony falou de sua carreira de jornalista. Contou que deve ser o único repórter que ao ser demitido teve um chefe pedindo demissão junto em solidariedade. O escritor falou também sobre José Sarney e os perigos da imprensa, lembrando que o mesmo Sarney que hoje é excomungado é o mesmo que ontem era exaltado. Como isso é um blog, posso dar minha humilde opinião e dizer que concordo com ele. É preciso cuidado na pista.
Outro ponto interessante foi quando Cony falou sobre a figura de seu pai em sua literatura. Questionado sobre seu pai assumir papel de vilão em seus livros, com muito bom humor Cony contou que seu pai era um homem muito feliz e então soltou a seguinte frase: "a felicidade é uma forma de vilania". Arrancando sorrisos da platéia, Cony explicou que a felicidade de seu pai o incomodava, como na vez em que ele o encontrou no ônibus e seu pai começou a falar sobre gonorréia. Em alto e bom tom. Desde então, Cony tomou seu pai como parâmetro para suas ações. Sempre que tem uma dúvida, diz se perguntar: "O que meu pai faria?" E então ele vai e faz o contrário.
Depois da diversão que foi o café com o Cony, chegou o horário do Leonardo Boff. E aqui vale um parêntese: eu nunca tinha lido Boff até ontem.
No ônibus para a bienal abrí o livro do início do post "A Opção Terra - A solução para a Terra não cai do céu". Esse papo de vamos unir nossas forças e salvar o planeta pra mim parece um tanto pretensioso. Meio de má vontade comecei a folhear (acho que eu nem devia dizer isso aqui né?) e tomei na cara. O cara - Leonardo Boff - tem uma visão incrível disso tudo.
Com capítulos super explicativos e com respaldo teórico (todos eles têm uma extensa bibliografia no final), o teólogo-filósofo dá um banho em muito eco-chato. O capítulo que lí fala sobre a mesma idéia interessante sobre a qual ví um vídeo esses dias no youtube: o fato de que a Terra (Gaia) é um macro-organismo que tem passado por catástrofes através dos milhares de anos. E que se o ser humano não se cuidar, Gaia se livrará dele. Resumindo: se entendí direito, ao invés de dizer que nós vamos acabar com o mundo, o certo é dizer que se não cuidarmos bem do planeta ele é que vai acabar com a gente.
Boff começou a conversa dizendo que o Café Literário com o Cony lhe serviu para desopilar os bofes. Eu sabia que aquela conversa prometia. O que mais pensar de um cara que diz que se você não se cuidar com o vaticano cai na fogueira?
O teólogo alertou para o fato que o ser humano está consumindo mais do que a Terra pode produzir e que até o final do século a projeção é de que a temperatura do planeta aumente em 9°C. Ao ser perguntado sobre ser ou não vegetariano, Boff disse que não e se explicou dizendo que o gado produz muito gás metano, na ruminação e na flatulência, e que, portanto, come a carne para diminuir o metano na atmosfera. Pode?!
Curiosos para saber minha pergunta para o escritor? Perguntei como um cara que acredita no Big Bang consegue unir a visão científica e evolucionista com a teologia e a fé. Boff disse que para isso a grande questão é onde colocamos Deus. Para ele, Deus está abaixo, antes de tudo, é o mistério e o inefável. A base do universo. O escritor disse ser bobagem a teoria criacionista, nada de Adão e Eva para ele. Boff falou que Deus está toda hora criando, constantemente, ou voltaríamos para o nada. Visão interessante né? Bem, eu sempre achei a tal história do Adão e Eva muito mal contada mesmo...
O Café Literário é uma ótima oportunidade pra conversar com grandes pensadores. Além de tudo, o café e o pão de queijo são de graça...
É para alimentar o corpo e a alma.
Hoje tem Antônio Cícero às 15h, Lucia Durães às 16h e Francisco Pimpão às 17h.
A programação completa está no site da bienal. Tem o link no post anterior.
Termino com duas frases legais que ouví no Café ontem:
"Eu escreví, mas ninguém tomou providências" - Carlos Heitor Cony
"A igreja é uma coisa muito complexa: há desde pedófilos até santos" - Leonardo Boff.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Errata - Agenda da Bienal de Curitiba
http://www.bienaldolivrocuritiba.com.br/programacao/programacao_geral.pdf
Eu, é claro, estarei por lá ;)
Eventos na Bienal
Leonardo Boff participa da Bienal do Livro de Curitiba. Na ocasião, ele autografa Opção terra, onde aponta saídas para a salvação do planeta da destruição da biosfera e da extinção humana pela solidariedade e o cuidado com a natureza.
Data: 28 de agosto
Carlos Heitor Cony e Moacy Scliar participam de mesa-redonda durante a Bienal do Livro de Curitiba. Cony lançou, recentemente, em co-autoria com Anna Lee, o segundo livro da série Duda, Jacaré & Cia, O monstro da Lagoa do ABaeté.
Data: 29 de agosto
Os poetas Ivan Junqueira e Antonio Cicero participam de mesa-redonda durante a Bienal do Livro de Curitiba, onde Ivan autografa seu décimo livro, Cinzas do espólio.
Data: 30 de agosto
Miguel Sanches Neto participa da Bienal do Livro de Curitiba, onde autografa seus livros, entre os quais A primeira mulher, um romance multifacetado.
Data: 31 de agosto
Carlos Herculano Lopes e Domingos Pellegrini participam da Bienal do Livro de Curitiba.
Data: 02 de setembro
Um dos mais conceituados escritores brasileiros contemporâneos, Cristovão Tezza participa da Bienal de Curitiba, em mesa com João Gilberto Noll e Raimundo Carrero. Após o bate-papo, Tezza autografa seu romance, O filho eterno, vencedor dos principais prêmios literários do país.
Data: 03 de setembro
E aí, vai em qual?
Eu quero ir em TODOS :D
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Lembra de mim? - Sophie Kinsella
Imaginou? Parece bom não é? Pois foi isso e muito mais o que aconteceu com Lexi Smart, protagonista do livro Lembra de mim?. Só que ela não sabe como. Simplesmente acordou após sofrer um acidente com sua Mercedes - sim, agora ela não anda mais de ônibus, na sua nova vida tem um Mercedes conversível - sofrendo de perda de memória dos últimos três anos da sua vida.
Quem ler esse livro poderá acompanhar a trajetória de Lexi tentando reconstruir a própria história. E a vida perfeita vai se mostrando, adivinha? Não tão perfeita. É praticamente um castelo de cartas a ponto de desmoronar.
Bom para dar muitas gargalhadas, Lembra de mim? foi publicado pela editora Record esse ano. Sophie Kinsella é a autora dos livros da série Becky Bloom, que faz tanto sucesso entre as mulheres que virou filme:
Para as fãs de Marian Keyes, é uma ótima pedida se vocês se forçarem a ler até o terceiro capítulo para acostumar com o estilo de escrever da Sophie Kinsella. Daí pra frente é só alegria...
Recomendo. Principalmente se você gostar de girassóis...
Contagem regressiva pra Bienal do Livro de Curitiba! Quem vai levanta a mão! o/
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
A inconfundível Marian Keyes
Pode ser que você ache uma perda de tempo ler esse tipo de livro, já que ele não tem grandes literatices. Nesse caso provavelmente você não gosta de assistir a comédias românticas também. Dessas com roteiros bem elaborados, que valem à pena.
Caso você não conheça o estilo da Marian Keyes, pode até se enganar pensando que é uma coisa meio "Emanuelle", lembra? Aqueles romances melosos de banca de jornal? Mas passa longe. Embora as personagens dela sempre estejam às voltas com algum imbróglio amoroso, o foco das histórias costuma ser outro. A carreira profissional, presente em vários dos livros, a depressão e até mesmo a luta contra as drogas. Só que a Marian consegue deixar esses temas absurdamente engraçados.
A própria Marian Keyes passou por reabilitação. Depois dessa Rehab surgiu "Férias!", um de seus romances mais aclamados. Neste livro dá pra perceber que outro fato nos romances da autora é que as personagens secundárias também são muito detalhadas. Daí normalmente cria-se uma identificação com o leitor, com algum desses personagens. Eu por exemplo, sou a Tara, comedora compulsiva. Como ela, se estiver nervosa sou capaz de comer um saco de pão de forma. E também adoraria encontrar um batom indelével. Não entendeu? A Tara está no livro "É agora... Ou nunca!". Leia os livros da Marian Keyes e irá se identificar também, eu garanto...
Outro ponto interessante nas histórias da Marian Keyes é que a maioria de seus livros são interligados. As personagens principais de grande parte dele são parentes. É o caso da protagonista de Melancia, o primeiro romance da autora, publicado em 1995. Ela tem algumas irmãs que também viraram bestsellers. Mas quem sou eu para estragar a surpresa? Só lendo pra descobrir ;)
Na foto os quatro livros da Marian que tenho. O sapo é um marcador de páginas super fofo que comprei na Livrarias Curitiba.
Para quem se interessou pelos livros, alguns estão disponíveis na internet em formato e-book. No 4shared tem alguns e também no esnipes.
Para saber mais sobre Marian Keyes:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=589056
Livros já publicados no Brasil:
Melancia (Watermelon) - 2003
Férias (Rachel's Holiday) - 2004
Sushi (Sushi for Beginners) - 2004
Casório!? (Lucy Sullivan is getting married) - 2005
É agora...ou nunca (Last Chance Saloon) - 2006
Los Angeles (Angels) - 2007
Um bestseller pra chamar de meu(The other side of the story)-2008
Câmbio, desligo.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ótima novidade!
sábado, 15 de agosto de 2009
Livros mais vendidos segundo a VEJA
1 - A Cabana - William Young - Sextante
2 - Amanhecer - Stephenie Meyer - Intrínseca
3 - Lua Nova - Stephenie Meyer - Intrínseca
4 - Eclipse - Stephenie Meyer - Intrínseca
5 - Crepúsculo - Stephenie Meyer - Intrínseca
6 - O vendedor de sonhos - Augusto Cury - Academia de inteligência
7 - O vendedor de sonhos e a revolução dos anônimos - Augusto Cury - Academia de inteligência
8 - Leite derramado - Chico Buarque - Cia das Letras
9 - O Negociador - John Grisham - Rocco
10 - A Cidade do Sol - Khaled Hosseini - Nova Fronteira
*A lista completa com os 20 mais vendidos de ficção, não ficção e auto-ajuda e esoterismo pode ser visualisada no link:
http://veja.abril.com.br/livros_mais_vendidos/
Pornopopéia
Ok. Confesso que quando comecei a ler esse livro pensei: "_Nossa, esse cara não cresceu?" Não estava acostumada com o estilo do Reinaldo Moraes. Esse autor foi aclamado pelo seu primeiro romance, Tanto Faz, na década de 80 ao que me parece.
A história do livro começa quando um diretor underground precisa criar um roteiro para um vídeo institucional. Sobre, adivinha? Embutidos de frango... Imagina a vontade do cara... Pra ajudar, o protagonista, Zeca, tem uma quedinha por coisas ilícitas - leia-se drogas, muitas drogas - e sexo. Não com sua esposa, logicamente. Entre um "tirinho" e outro, Zeca vive uma verdadeira epopéia.
Se você conseguir ler o primeiro capítulo e se acostumar com a montoeira de palavrões e termos como "imeio" - que confesso, me incomodaram um pouco - acaba gamando. Isso mesmo. Porque o Reinaldo, acusado por muitos de ser um autor que não cresceu, escreve com maestria e muita inteligência, colocando no texto umas sacadas nada menos que geniais. E o autor também não subestima a inteligência de seus leitores, colocando no texto referências explícitas e implícitas a Rimbauld, Hitchcock, Jimmy Hendrix, Doors, outras línguas, religião, cinema e por aí vai.
Ok, não te convencí? Vou então postar um trechinho do capítulo 6, quando Zeca, o protagonista, seu amigo Ingo e a jovem Sossô vão a um templo de Bhagadhagadhoga. Isso mesmo, você não leu errado. Espia:
"O jardim tinha o formato dum retângulo imperfeito recoberto por uma pequena hiléia de plantas altas e arbustos baixos, cortada por umas trilhas estreitas que se cruzavam em trama labiríntica. No centro do retângulo havia um círculo de grama baixa salpicada de tufos de flores variadas. Fomos desembocar nesse círculo central seguindo os passos do Ingo, que se movia com segurança pelo labirinto. Proust haveria de saber o nome de cada uma daquelas flores e plantas. Caio Fernando de Abreu também. Eu só conhecia o cipreste, que sempre associei a enterros e telas surrealistas. Uma das vantagens do cinema sobre a literatura é essa, a de desobrigar o autor de nomear as flores nos cenários. Por mim podiam ser armênias silvestres, jambronas do campo, rabos-de-babuíno-da-Tanzânia, lambrequinhas-da-serra e o cu-florido-a-quatro. Em todo caso, eram lindas, e suas cores me deixavam rastros cromáticos nas pupilas lisergizadas a cada chicote do olhar.
Cacete, pensei, bem que o Ingo tinha avisado: puta ácido, meu. Percorrendo mais um pouco o labirinto ajardinado fomos dar noutra clareira com quatro ícones de cimento dispostos em cruz. De acordo com o nosso personal bodhisattva, as quatro figuras demarcavam os quatro cantos místicos do universo pra onde os fiéis devem dirigir orações específicas ao longo do dia. Um dos ícones, o maior, que parecia presidir o cenário, representava uma bailarina de peitos nus e quatro braços dando a impressão de movimento. O dedão e o indicador de uma das mãos superiores se fechavam numa rosquinha endereçada aos mortais, enquanto a outra mão espetava o dedo médio para o céu, num fuck-you cósmico. Uma das mãos de baixo apontava com o indicador para a terra. A outra mão inferior armava uma espécie de saudação surfista, dedão e dedinho esticados num hang loose.
O Ingo foi explicando que aquela ou aquele - ambos os sexos numa só entidade - era Shiva Parvati, o manda-chuva da cosmogonia védica que zela pelos grandes ciclos de criação e destruição do universo material, sendo que, na versão baghadhagadhoga, Shiva é encarado como uma das manifestações do touro místico, o grande Zebuh Bhagadhagadhoga, de cujo badah-lingam sempre alerta dimana a energia que anima todas as formas de vida do planeta.
Os braços de cima da divindade, explicou Ingo, agiam no plano espiritual, bem acima da rota dos aviões de carreira. Os debaixo atuavam no mundo terreno, tangível, cuspível e cagável. Aquele dedo apontando pra terra, por exemplo, nos lembrava que, mais cedo ou mais tarde, seria alí a derradeira morada de todos nós, cineastas marginais, lavadeiras gostosas, girls despiroquetes, trombadinhas performáticos, citaristas de música indiana, esposas iracundas, síndicos escrotos, diretores de marketing endógeno, traficantes sacanas e suas putinhas portáteis, e tutti quanti. Agradecí o aviso e perguntei:
"E qualé a dos peitinhos da figura, Ingão? O que é que eles significam?"
Sossô riu do tiozinho lubricão. Mas o Ingo rebateu no ato, sério:
"O peito direito dá o leite do bem, o esquerdo o do mal. Os dois juntos são o alimento fundamental da consciência humana."
"Prefiro cerveja e cachaça", tasquei, boçal mas sincero.
O Ingo ria de tudo, complacente. E a Sossô ria junto com ele, por simbiose. Fazer uma mulher rir é fundamental. Mas tem que ter cuidado: se ela ficar rindo demais, o tempo todo, é sinal de que você virou um palhaço. E palhaço não dá tesão em mulher nenhuma. Palhaço só dá medo em criança. E era isso, afinal, que o Ingo estava virando para a Sossô: um clown - o clone do clown do Marsicano. Bom pra mim, no caso.
Seguimos, então, por outras trilhas, numa das quais topamos com uma fonte de cimento formada por uma bandeja de cimento no topo de uma coluna de metro e meio de altura. Em cima da bandeja se assentava em flor de lótus um pequeno Buda sorridente a verter água pelo umbigo. O cano com a água só podia estar entrando pelo rabo do Buda, vindo de dentro da coluna, o que submetia o gordinho careca a um clister permanente. Pelo sorriso dele, isso não parecia incomodar muito. A água vertida pelo umbigo do Buda transbordava da bandeja, escorria pela coluna e se infiltrava num grande ralo circular em torno da base. O Budinha lá em cima parecia levitar sobre um lago suspenso formado por seu próprio mijo incolor. Olhar praquilo me fezrebentar numa gargalhada patológica. No meu relógio subjetivo, durou dez minutos a gargalhada. Ou quinze. O Ingo, solidário, também soltou seu riso socadinho. Sossô riu por último, mas riu melhor e mais gostoso. Quando pude me controlar, mandei com brio:
"Se esse Buda mija pelo umbigo, nem me atrevo a perguntar por onde ele caga!"
Por essas e outras, muitas vezes me peguei rindo alto, rindo sozinha no ônibus - sim, eu leio no ônibus - ao ler essa bagunça originalíssima que é o Pornopopéia. Só que esse é um livro perigoso de se ler no ônibus e em outros locais públicos, pois honra o título, tem muitas passagens pra lá de picantes.
Quem quiser ler, Pornopopéia foi editado pela Editora Objetiva e está disponível nas principais livrarias. Tem 475 páginas e o preço médio é entre 40 e 50 reais.
Meu último argumento e algo que me fez simpatizar com o Reinaldo Moraes, é o fato de que a pedido do autor, o livro não segue as normas do novo acordo ortográfico. Eu, particularmente, adorei. Até 2012, trema na linguiça! ;)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Muitos, muitos e-books
http://www.portaldetonando.com.br/forum/portal.php
É a maior biblioteca virtual que conheço. Lá vocês encontram milhares de e-books para baixar!
Dá pra ler no computador ou no mp4, celular...
Bem, divirtam-se...
Começando do começo
Adoro livros. Amo, sou alucinada, apaixonada, praticamente uma traça. Desde que fui alfabetizada. E desde então leio de tudo. Meu primeiro livro favorito foi Anita Mamã. Infelizmente eu dei ele para um orfanato junto com minhas barbies velhas e nunca mais achei outro exemplar para comprar...
Aos 10 anos caiu em minhas mãos um exemplar de Feliz ano velho, do Marcelo Rubens Paiva. Aí vocês imaginam, embora na época eu não tenha entendido metade, percebí o potencial que os livros tinham para me ensinar coisas novas... rs
Desde então trabalhei em algumas livrarias, sempre com o intuito de ficar perto deles, os livros. Ah, os livros.
Por causa deles também levei suspensão no trabalho, fui pega lendo escondido.
Mas isso não fez com que gostasse menos dessas viagens no papel.
Acabei indo pra faculdade de jornalismo. Sim, Além de ler eu adoro escrever. Agora estou quase terminando a faculdade e ainda não achei um rumo. Só sei que a paixão pelos livros permanece intacta. E é perto deles que quero estar.
Então, se você que está me lendo também ama os livros, ou pelo menos simpatiza com eles, sinto lhe informar que somos minoria. O Brasil tem poucos leitores regulares. Mas se com esse blog eu puder estimular alguém a ler, ainda que uma só pessoa, já vou ficar feliz.
A ideia desse blog é divulgar livros interessantes, entrevistas com autores bacanas, sites de e-books...
Espero que com o tempo eu também possa sortear brindes (livros, claro!) para meus leitores.
Bem, se você leu até aqui, deve ser um leitor ávido como eu, que lê até bula de remédio, já que esse texto, escrito na pressa, não deve ser dos mais agradáveis. Então, se esse for seu caso, boa leitura!